As principais bolsasde valores dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta terça-feira, interrompendo uma série de ganhos de três dias mesmo com investidores se adaptando à insegurança criada pelos acontecimentos no Japão, Oriente Médio e norte da África.
O Dow Jones recuou 0,15 por cento, para 12.018 pontos. O Standard & Poor's 500 caiu 0,36 por cento, para 1.293 pontos. O Nasdaq teve desvalorização de 0,31 por cento, para 2.683 pontos.
O índice de volatilidade CBOE caiu 1,9 por cento para 20,21 pontos, patamar pouco distante do anterior à crise no Japão, que provocou uma disparada no índice. A queda sugere que investidores se adaptaram ao maior terremoto da história do Japão e à queda de governos em países árabes.
O VIX recuou 31,6 por cento nos últimos quatro dias.
"Há uma diferença palpável no tipo de intensidade que pessoas como eu sentem ao fazer negócios", afirmou o diretor administrativo da Rosenblatt Securities, em Nova York, Gordon Charlop.
O giro do mercado teve o menor nível do ano, com 6,33 bilhões de ações trocando de mãos na Bolsa de Nova York, na American Stock Exchange e na Nasdaq, o que sinaliza falta de convicção no mercado. O volume médio diário de trocas é de 8,08 bilhões.
Combates na Líbia e conflitos no Iêmen contribuíram para o aumento no preço do petróleo, que derrubou ações. Os futuros de petróleo bruto nos EUA com vencimento em abril subiram 1,67 dólar para se estabilizarem em 104 dólares o barril, enquanto o petróleo tipo Brent aumentou 0,74 dólar para se estabilizar em 115,70 dólares.
"Os que ainda esperam altas estão tentando comprar ações em baixa e aproveitar os preços da metade da semana passada. Mas não acho que ainda há viés positivo no mercado", afirmou o gerente sênior de ações da National Penn Investors Trust Company na Pensilvânia, Terry Morris.
"Nesse momento, verificamos nos mercado uma atitude cautelosa e sem muito comprometimento de nenhum dos lados", disse.
De acordo com relatório recente da EPFR Global, fluxos de fundos "viram uma mudança no mercado apontando para uma postura defensiva no meio de março", após a crise no Japão, com maiores fluxos para fundos orientados pelos bens de consumo, pelo setor de telecomunicações e de saúde.