A rede americana de supermercados Wal-Mart pagou subornos por 52.000 dólares para violar a lei do México e abrir uma loja perto das pirâmides de Teotihuacán, informa a edição digital do jornal New York Times.
Com base em gravações e milhares de documentos relacionados, o jornal americano destaca que a empresa subornou um funcionário do governo mexicano para que modificasse os mapas que limitam as zonas próximas a Teotihuacán nas quais o comércio está autorizado.
"O plano era simples. O mapa não se tornaria lei até que fosse publicado pelo Diário Oficial. Assim, o Wal-Mart do México decidiu subornar um funcionário para modificar o mapa antes que fosse enviado ao Diário", afirma o NYT.
Segundo registros da própria empresa, 221.000 dólares foram desbloqueados em 13 de setembro de 2003 "para obter mudanças de zonas para construir cinco supermercados", e um deles por um total de 52.000 dólares" era para a unidade de Teotihuacán, no centro do México, completa o jornal.
Apesar dos protestos e de greves de fome contra a abertura do centro comercial ao lado da cidade ancestral dos astecas, o Wal-Mart inaugurou o mercado em dezembro de 2004.
O jornal afirma que o "Wal-Mart do México não era uma vítima resistente da cultura de corrupção", nem que suas práticas ilegais se limitavam a "agilizar permissões de rotina", e sim que a empresa "era um agressivo e criativo corruptor, que oferecia generosos subornos para obter o que a lei proibia e superar os rivais".
O jornal identificou 19 localidades no México que seriam alvos dos subornos do Wal-Mart, o maior empregador privado do país, com 221.000 funcionários em 2.275 lojas, supermercados e restaurantes.
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