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Pragas virtuais

O 1.º semestre de 2007 foi cheio de ameaças

Rio de Janeiro – Houve um tempo em que a indústria de telecomunicações não acreditava muito na proliferação dos vírus criados para telefones celulares. Mas como ameaças virtuais são criadas como pão quente em padaria, esta mesma indústria teve de se render e correr atrás de soluções. Só para se ter uma idéia de como os crackers "trabalham", um relatório da empresa finlandesa F-Secure aponta as principais ameaças virtuais criadas no primeiro semestre deste ano: os ataques de celulares tiveram, em três anos de existência, um crescimento de 13 vezes. Não é pouca coisa não...

O laboratório da F-Secure, que monitora os ataques de vermes em sistemas espalhados pelo mundo, recebeu relatos de tentativas de invasão via SMS como spam, phishing, além de três novos trojans (cavalos-de-tróia) que afetam aparelhos que rodam sistema operacional Symbian (usados por celulares de marcas como Nokia e Sony Ericsson, por exemplo).

De acordo com os pesquisadores do laboratório da F-Secure, o ano de 2007 começou com ataques feitos a partir do envio de e-mails utilizando a técnica do phishing (falsas mensagens que atraem o internauta incauto para links contaminados, onde podem cair em truques dos mais diversos). Os ataques de phishing, no entanto, mudaram de formato: além dos e-mails em formato HTML, os mais explorados até então, os criadores de vermes passaram a usar e-mails com aplicativos do tipo flash. Deste modo, o usuário é contaminado apenas abrindo o link enviado.

Outro destaque no primeiro semestre foram, ainda segundo a F-Secure, a criação de novas pragas e os conseqüentes ataques visando a atingir o novo sistema operacional da Microsoft, o Windows Vista. Este foi desenvolvido com novas aplicações que têm como objetivo diminuir as brechas de segurança, o que estimulou a mente e os dedos dos ditos "programadores do mal", os crackers.

Ainda durante o primeiro semestre deste ano, mereceu destaque, no relatório da desenvolvedora de vacinas antivírus, os ataques reais na Estônia que acabaram se tornando virtuais: a chamada CyberWar I nos meses de abril e maio. Vários websites, refletindo uma série de protestos da sociedade real, foram alvos de ataques virtuais. Dentre os sites atacados estavam os de agências governamentais e bancos.Os ataques foram feitos através da geração de um grande volume de tráfego, com redirecionamento programado de milhares de sites para os alvos, o que gerou congestionamentos. Muitos sites chegaram a sair do ar.

Outra descoberta da F-Secure feita no primeiro semestre deste ano foi o Trojan Small.DAM, que se espalhou dentro de mensagens contendo notícias reais, utilizando-se de um truque de engenharia social (chamado de Storm-Worm).

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