A fabricante de perfumes e cosméticos O Boticário deve encerrar 2009 com um crescimento de 20% e atingir faturamento de R$ 1,25 bilhão. Apesar da crise econômica, a empresa superou suas metas de crescimento e de abertura de lojas. Foram 150 novos pontos de venda em 2009. "No início do ano prevíamos 100 novas lojas. O nosso resultado deve ficar entre 18% e 20% acima do de 2008", diz o presidente da empresa, Artur Grynbaum. A rede de lojas franqueadas, que atingiu R$ 2,8 bilhões em receita em 2008, deve seguir o desempenho.
Segundo ele, a previsão é de um crescimento de 17% em 2010, com a abertura de mais 110 lojas, investimento bancado pelos franqueados. "Foi um ano bom, em que conseguimos garantir aumento de vendas em cenário ruim", diz Grynbaum, que costuma atribuir parte do bom resultado ao chamado "efeito batom": em tempos difíceis, as consumidoras optam por investir mais em produtos ligados à beleza.
Durante o auge da turbulência econômica, o setor de perfumaria e cosméticos também foi beneficiado pela migração de consumo de bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, que foram afetados pelo recuo no crédito, para itens de menor valor. Agora esse efeito passou, mas a retomada do crescimento promete garantir um Natal forte em vendas.
A empresa iniciou neste ano um plano de investimento de R$ 170 milhões até 2012 que inclui a ampliação da fábrica, em São José dos Pinhais, na região de Curitiba, e a construção de um centro de distribuição em Registro (SP). Além disso, engordou em 41% a verba de marketing. Dos R$ 147 milhões investidos em mídia, inovação e desenvolvimento de produtos, R$ 54 milhões foram destinados à propaganda nos intervalos do Fantástico, da Rede Globo. Parte do esforço foi feito para divulgar a entrada no mercado de produtos para a classe C, com o lançamento de linhas de maquiagens e cremes com preços de até R$ 25.
O Boticário tem 2.810 pontos de venda no Brasil. No exterior a empresa colocou o pé no freio, como o fechamento de operações na República Dominicana e em Cabo Verde. Em 2008 a empresa já havia saído de cinco mercados Chile, Austrália, El Salvador, Nicarágua e Jordânia. Hoje as operações internacionais representam 3% dos negócios e não há perspectiva de retomada no curto prazo. "A demanda lá fora continua deprimida e deve se manter assim em 2010", afirma o executivo.
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