O Brasil poliglota

O curitibano Carlos Wizard Martins (foto) atuava como analista de sistemas de uma empresa do setor de papel e celulose, em Campinas, interior paulista, quando passou a lecionar inglês por hobby. Depois de uma temporada nos Estados Unidos, voltou para o Brasil, criou um material didático próprio e resolveu abrir uma escola. Isso foi em 1987. Vinte seis anos depois, Wizard se tornou dono da maior rede de ensino de idiomas do país e uma das maiores do mundo. O grupo Multi tem dez marcas de escolas (Yázigi, Wizard, Skill, Alps, Quatrum, Microlins, S.O.S Educação Profissional, Bit Company, People e Microlins) e 3 mil unidades em 11 países. Na última semana, Wizard cumpriu agenda na cidade natal e conversou com o repórter Gabriel Azevedo.

O cenário nacional para as franquias de idiomas é favorável?

A abertura da economia brasileira e o crescimento do comércio exterior valorizaram os profissionais bilíngues. Empresários e executivos precisam do inglês para ascender profissionalmente. Temos milhões de brasileiros que estão indo aos Estados Unidos pela primeira vez e que voltam motivados a aprender a língua. Também temos os eventos internacionais, como a Copa e a Olimpíada, que vão atrair milhares de estrangeiros. Precisamos estar preparados para atendê-los bem.

Curitiba tem seis unidades da Wizard, mas poucas escolas de outras marcas do grupo Multi. Existe um plano de expansão?

Nós somos uma empresa 100% voltada à franquia. E cada uma das dez marcas tem características específicas. Na rede Yázigi – mais tradicional e antiga escola de inglês do Brasil –, os contratos são antigos e não facilitam a expansão. Já numa rede mais jovem, como a Wizard, os contratos são voltados ao crescimento e ocupação de território para atingir o mercado. Essa marca deve abrir mais quatro unidades nos próximos dois anos em Curitiba.

Com o cenário tão favorável, quando o Grupo Multi vai começar a oferta pública de ações na Bolsa de Valores?

Há dois anos, a Kinea, empresa de investimentos do Itaú, fez um aporte de R$ 200 milhões e adquiriu uma participação minoritária no Grupo Multi. Quando um banco faz isso, provavelmente é visando um ganho financeiro significativo. Quando aceitamos a condição de ter o banco como parceiro, nós começamos a preparar a casa para abertura de capital. Não sei quando isso vai acontecer. Nós temos um CEO de mercado, um CFO, temos um conselho constituído, balanços auditados. Estamos preparando a noiva. Quando abrir uma janela de oportunidade, vamos subir no altar.

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O que compra a mulher conectada

Perfis de interesse valem ouro para quem disputa a atenção do consumidor, principalmente daquele que faz suas escolhas no mundo virtual. Pesquisa encomendada pelo Mercado Livre e feita pela OH!Panel desnuda o gosto feminino por trás do computador. A mulher brasileira conectada gosta de tecnologia mas também é muito preocupada com o próprio visual.

Quase 75% das moças entrevistadas buscam produtos eletrônicos como tablets, smartphones, câmeras digitais, notebooks, GPS, e TVs. Mas 42% delas também se derretem por artigos de moda, como roupas, sapatos, cintos, relógios, joias e bijuterias.

No perfil de gastos do público feminino na internet, a pesquisa aponta que 70% das mulheres gastam entre R$ 100 e R$ 500 por compra, enquanto 26% chegam a investir de R$ 500 a R$ 2 mil. Além disso, 82,5% das brasileiras compram pela internet porque gostam dos preços e 72%, pela economia de tempo.

Menos burocracia

A Fomento Paraná, instituição financeira controlada pelo governo do estado, criou um cadastro on-line para os candidatos a financiamento do programa Banco do Empreendedor. Os potenciais clientes podem preencher uma ficha no portal www.fomento.pr.gov.br e o novo sistema automatizado encurtará etapas e tempo de tramitação do pedido.

A próxima etapa do processo de modernização, prevista para o mês de maio, deverá eliminar todas as planilhas de pessoa física, pessoa jurídica e roteiro do projeto, além de implantar a consulta automatizada de certidões e demais informações cadastrais.

Senai aos 70

Um dos principais braços do Sistema S, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) completa 70 anos no Paraná depois de amanhã. Para comemorar o aniversário, empresários, instituições parceiras e colaboradores homenageiam a instituição no dia 12, na sede da Fiep, em Curitiba.

O Senai é referência em educação profissional, tecnologia e inovação, e formou muitas gerações que colaboraram decisivamente para o desenvolvimento e o crescimento da indústria. O evento começa às 19 horas.

Em São Paulo

A consultoria Go4! abriu filial em São Paulo, no bairro Vila Olímpia. A empresa é especializada em estratégia e gestão de negócios, fusões e aquisições, governança e finanças corporativas. Com o novo escritório, a Go4! pretende ficar mais próxima dos parceiros financeiros e dos fundos de investimento, explica o sócio-diretor Rogério Dequech.

O melhor da Américas

A Lapinha Spa, a 90 km de Curitiba, é o melhor destino das Américas em seu segmento, pelo segundo ano consecutivo. O prêmio World Spa Awards foi divulgado em Londres, na semana passada. Em 2012, a Lapinha havia derrubado grandes concorrentes, como o Banyan Tree Spa Mayakoba, em Mayakoba, México, e o Sante Spa Victoria, em British Columbia, no Canadá.

A premiação é resultado de um investimento de R$ 10 milhões nos últimos quatro anos em infraestrutura, treinamento e novos profissionais. O empreendimento está em fase de expansão: em abril, inaugura a Lapinha Urbana, em São Paulo.

Expansão do Mabu

A Bahia também tem Mabu. A rede paranaense assume a administração do Costa Brasilis Resort a partir de 1.º de abril. Localizado na praia de Santo André, a 30 minutos de Porto Seguro, o empreendimento é o primeiro do Mabu Hotéis e Resorts no Nordeste e o sexto sob o controle da administradora. Até o fim do ano, a meta é buscar contratos de gestão com mais três hotéis.