Ranking
Média de cinco contratos deixa paranaense em terceiro lugar no país
Os paulistas são os brasileiros que mais contratam operações de crédito no Brasil, com os paranaenses em terceiro lugar. A pesquisa do Banco Central mostra que, na média, cada paulista adulto mantém pouco mais de nove contratos de crédito. Na lanterna do ranking está Alagoas, o único estado brasileiro em que a média de contratos por adulto não chega a uma operação por pessoa. Na média nacional, cada brasileiro tem 4,47 contratos de crédito.
Segundo o Relatório de Inclusão Financeira, os brasilienses estão em segundo lugar na lista dos que mais contratam empréstimos, com média superior a seis operações por adulto. Em seguida aparecem Paraná (quase cinco contratos por pessoa), Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (cerca de quatro operações) e Pernambuco, o maior índice do Nordeste e Norte, com pouco mais de três financiamentos por adulto. Na parte baixa do ranking aparecem, além de Alagoas, Maranhão, Piauí, Pará, Tocantins, Rondônia e Acre, todos com média entre um e dois contratos de crédito por habitante adulto.
No bolso
Na mão ou na gaveta?
Franco Iacomini, colunista de finanças pessoais
Não é surpreendente que a posse e o uso de cartões tenha crescido muito mais nas classes C, D e E que na população mais abastada. Imagina-se que as classes A e B já tinham acesso a esses instrumentos há mais tempo, portanto haveria pouco o que crescer nessa faixa. O mau sinal é a preferência que a população de renda mais baixa vem dando à modalidade crédito.
Nada contra o cartão. Ele é uma excelente ferramenta, capaz de facilitar o fluxo de caixa de uma família, se houver disciplina. Se não, o sujeito acabará gastando mais do que ganha e, nesse caso, pagará juros bárbaros de 130% ao ano. Pelo que tenho visto e ouvido falar, o número dos que se enquadram no segundo grupo é muito maior do que seria saudável supor.
Por falta de informação, essa turma tem olhado para os limites do cartão e da conta como se fossem parte da sua renda. Não são, e paga-se caro para usar esse dinheiro. E não espere que o banco vá ensinar isso afinal, eles ganham bastante a cada vez que você atrasa a fatura do cartão ou se afunda no cheque especial.
Cliente que sabe usar o cartão é aquele que sabe o valor da fatura antes mesmo de a conta chegar. Se você não tem nem ideia, melhor deixá-lo guardadinho na gaveta.
O cheque parece ter sido completamente esquecido no fundo da gaveta pelos brasileiros. Em pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) sobre as formas de pagamento mais frequentes, o velho talão deixou de ser citado pelos consumidores de todas as classes sociais como instrumento para pagar contas no dia a dia. Segundo a pesquisa, o cheque continua sendo usado ainda que cada vez menos apenas por uma pequena parcela dos brasileiros para receber salários.
Segundo pesquisa publicada no Relatório de Inclusão Financeira, divulgado na manhã de ontem pelo BC, o talão de cheques foi a resposta de 0% dos brasileiros de todas as classes de A a E à pergunta sobre quais formas de pagamento são as mais usadas. Em 2007, o talão ainda era usado por 3% dos clientes da classe C e 1% dos consumidores das classes D e E.
Apesar do uso em queda, o cheque continua na carteira ou na gaveta dos clientes. Segundo a pesquisa, 26% dos brasileiros das classes A e B possuem talões, cuja presença ainda é de 12% na classe C e de 4% entre os clientes das classes D e E. O cheque aparece apenas como maneira de pagar salários: esse é o instrumento financeiro recebido por 3% dos brasileiros das classes A e B, 1% da classe C e 2% das classes D e E. O dinheiro continua a ser a principal forma de pagamento usada no Brasil: essa foi a opção de 57% dos entrevistados das classes A e B, 75% dos consumidores da classe C e de 86% das classes D e E.
Cartões
Ao usar o dinheiro de plástico, brasileiros de menor renda preferem a função "crédito" ao uso no "débito". A pesquisa do Banco Central mostra que o cartão de crédito é mais popular entre as classes C, D e E que o uso do débito em conta. Nas classes A e B, a utilização é exatamente a contrária.
O cartão de crédito é o instrumento preferido de pagamento de 13% dos brasileiros da classe C e de 8% dos consumidores das classes D e E. Esses porcentuais são maiores que os de uso do cartão de débito 12% na classe C e 6% entre os clientes das classes D e E. Já entre os consumidores mais ricos, o cartão de débito lidera o uso do dinheiro de plástico e é preferido por 25% dos clientes das classes A e B. A função crédito é usada por parcela menor, 17% desses consumidores.
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Interatividade
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