Faça imagens com um celular, insira filtros para dar um tom cool e espalhe sua arte aos amigos nas redes sociais. Instagram? Não para Temo Chalasani e Nikoo Asadi, responsáveis pelo aplicativo Cinemagram. Os dois engenheiros do Canadá enxergam uma fórmula do sucesso no app e, a partir dela, criaram um projeto próprio para buscar popularidade semelhante à do "gram" original que vem de telegrama.
O Cinemagram aposta em fotos animadas como diferencial. São os chamados gifs animados. Em vez de clicar um retrato, o usuário grava um vídeo de três segundos e seleciona qual parte do enquadramento continuará se movendo na imagem, enquanto o resto se comporta feito fotografia estática. O resultado é uma foto que se move. Imagine os olhos de uma pintura que vão de um lado a outro quando uma pessoa anda pelo corredor. É assim com o Cinemagram.
Temo e Nikoo fundaram a Factyle em 2009 com a ideia de levar em frente um app que organizava links noticiosos. Mas o projeto, que se chamava Smartr, foi descartado há um mês. Isto porque sobrou pouco braço para tanto trabalho depois que eles conseguiram US$ 150 mil de um fundo de investimento e colocaram o Cinemagram no ar.
À reportagem, Temo disse que os dois estão "200%" focados no novo gram. Em um futuro próximo, a Factyle deve contratar mais funcionários e o Cinemagram terá uma versão para Android (atualmente só funciona em aparelhos da Apple). Uma versão em português deve estar disponível na próxima atualização, sem data definida para sair.
Sobre o Instagram, Temo não vê similaridades entre os aplicativos. "Acho que somos bem diferentes. Nossas redes, usuários e produtos são bem diferentes", opina, apesar da evidente sobreposição no nome. "Nós não temos um relacionamento com o Instagram e não sabemos o que eles pensam sobre o nosso produto", disse o cofundador Nikoo Asadi. Ele fez a explicação depois de Temo se recusar a comentar a relação entre os "grams" e sobre um possível interesse do Instagram em comprar a empresa dos canadenses.