Reflexos
Bolsas fecham em queda, com indefinição sobre resgate do país
As ações europeias fecharam em queda ontem depois que credores internacionais exigiram do Chipre a aplicação de um imposto sobre depósitos bancários para conceder o empréstimo de 10 bilhões de euros (R$ 26 bilhões) aprovado no sábado. O anúncio, que foi inédito entre os países que pediram ajuda na União Europeia, preocupou os mercados e empurrou para baixo as bolsas globais.
O índice das 300 principais ações europeias, o FTSEurofirst 300, encerrou o dia em queda de 0,27%, a 1.199 pontos, enquanto o índice de blue chips (empresas mais valiosas e com as ações mais negociadas) da zona do euro, o Euro STOXX 50, recuou 0,74%, para 2.705 pontos.
O Chipre é o quinto país a receber resgate do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) desde o início da crise. Para os analistas, a incerteza sobre Chipre não deve se alongar e uma decisão sobre a aplicação do imposto e o resgaste deve ser divulgada logo.
Folhapress
O Parlamento do Chipre adiou para hoje a decisão de aplicar uma taxa sobre os depósitos bancários do país em troca de receber um resgate de credores internacionais. A indecisão preocupa o mercado financeiro.
Os credores internacionais exigiram a aplicação da taxa para conceder o empréstimo, de 10 bilhões de euros (R$ 26 bilhões), aprovado no sábado. A taxa adicionada inicialmente é de 6,75% para quem tem menos de 100 mil euros (R$ 260 mil) em conta e de 9,9% para os que superam este valor.
A notícia, que afetou as bolsas europeias (leia mais nesta página), provocou reações na região e uma teleconferência foi marcada ainda para a tarde de ontem.
Após duas horas de deliberações, os países da zona do euro pediram ao Chipre que baixe a taxa para depósitos de menos de 100 mil euros, inicialmente fixada em 6,75%, e aumente progressivamente as que superem este montante. O objetivo final é arrecadar 5,8 bilhões de euros, em troca do resgate de 10 bilhões de euros
Bancos fechados
O anúncio da taxação causou uma corrida aos bancos cipriotas. Devido a isso, o governo decretou feriado bancário e, segundo fontes do governo local ouvidas pelas agências de notícias Reuters e France Presse, o período de bancos fechados deverá se estender até quinta-feira.
O período de feriado bancário evitaria uma sangria no sistema financeiro durante o período em que se discute a aprovação do imposto, que encontra resistência da oposição e pode ser vetada. O governo local possui apenas maioria simples no Parlamento, com 29 de 56 cadeiras.
Ainda não há nenhuma sinalização de que algum governista possa trair a orientação geral da coalizão. Se isso acontecesse, seria criado um impasse que colocaria em risco a concessão do resgate financeiro.
Além dos cidadãos e da oposição, também ficaram irritados com a medida os russos, que possuem empresas e depósitos de pessoas físicas avaliados em US$ 19 milhões (R$ 36 milhões), de acordo com a agência de qualificação de crédito Moodys.
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, chamou a medida de "confisco de fundos estrangeiros". "Não sei quem teve essa ideia, mas é com isso que se parece", disse, afirmando que poderia ajudar o Chipre pelo refinanciamento de um empréstimo concedido em 2011.
Segundo uma fonte não revelada, o Banco Central Europeu (BCE) concordou em fornecer ao Chipre liquidez necessária se um grande fluxo de saída de capital for observado quando os bancos abrirem novamente no país.
Congresso prepara reação à decisão de Dino que suspendeu pagamento de emendas parlamentares
O presente do Conanda aos abortistas
Governo publica indulto natalino sem perdão aos presos do 8/1 e por abuso de autoridade
Após operação da PF, União Brasil deixa para 2025 decisão sobre liderança do partido na Câmara
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast