Se para os clientes o momento é de expectativa, para as operadoras é de preparo.
Elas estão realizando testes, com o supervisionamento da Anatel, tentando minimizar os problemas que podem ocorrer. A portabilidade já está prevista há dois anos, mas mesmo assim não houve uma preocupação por parte das operadoras quanto ao cumprimento do prazo. A Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix) fez um alerta à Anatel, demonstrando preocupação quanto aos prazos. A justificativa é que todo o sistema de reconhecimento do cliente estava associado ao número do telefone e terá que ser alterado. Em reunião com as operadoras, no entanto, a Anatel confirmou o cronograma previsto. Já o presidente executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviço de Telecomunicações Competitivas (Telecomp) que tem como associadas GVT, Net e Embratel, entre outras, garante que as operadoras estão 100% prontas para o início da portabilidade.
Na telefonia celular a Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) ainda não comenta o assunto. As próprias operadoras de celular só se pronunciaram sobre a portabilidade por meio de nota. A operadoras Vivo, Claro e Tim disseram que estão se preparando para cumprir os prazos previstos. O esperado nesse processo é que a concorrência entre as operadoras aumente trazendo benefícios para o consumidor.
Em Londrina, o empresa municipal Sercomtel vê na portabilidade é uma chance de recuperar clientes que perdeu nos últimos anos, devido à maior concorrência do mercado. A empresa já investiu R$ 1,5 milhão para se adaptar ao novo sistema. "A portabilidade é, sim, uma faca de dois gumes", afirma o coordenador do Projeto de Portabilidade da empresa, José Luiz Marussi. "Podemos ganhar ou perder clientes. Mas para a Sercomtel essa é uma possibilidade de recuperar clientes antigos que migraram para a concorrência. Por isso estamos fazendo um trabalho grande em cima dessa mudança."
De acordo com ele, há quase dois anos a Sercomtel trabalha para executar a portabilidade. Cerca de vinte pessoas estão envolvidas no projeto. "Foi feito um investimento razoável. Existe chance de dar problemas nos primeiros dias, o que depende de cada operadora. Aqui os testes estão indo bem e ainda temos o resto do mês para fazer as correções que forem necessárias", explica. "A mudança é muito grande. Os problemas que estão aparecendo vão sendo corrigidos."
Os testes são sendo feitos para indicar se a nova "trajetória" da ligação da pessoa que disca para a operadora, dela para a ABR Telecom e desta de novo à rede das prestadoras, até chegar ao destinatário final está acontecendo de forma correta. Eles também são importantes para evitar a redundâncias: um mesmo número estar indicado como pertencente a mais de uma operadora (a nova e a antiga). "Também estamos verificando questões de segurança, para evitar fraudes", diz o coordenador.
Ele explica que, se uma pessoa ligar para um número e não conseguir que a ligação complete, significa provavelmente que a operadora do número de origem não está identificando qual é a operadora do número discado.
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