Saber onde existem mais oportunidades pode facilitar o trabalho de quem busca um novo emprego. Os especialistas têm alguns palpites para as áreas que devem criar mais vagas em 2006. Segundo eles, de maneira geral, os setores mais promissores são os de alimentação, de confecção e vestuário, da indústria metal-mecânica, construção civil, de vendas, de transportes, e, como não poderia deixar de ser, o de informática, que não pára de absorver empregados há algum tempo. Este ano também será aquecido por dois grandes eventos: a Copa do Mundo e as eleições, que possivelmente serão bem explorados por empresários e, por isso, candidatos a empregados.
Para o gerente comercial do Banco Nacional de Empregos (www.bne.com.br), Marcelo Rocha, o setor de informática ainda é o mais promissor. A empresa que fornece funcionários para mais de 40 mil companhias. "Falta mão-de-obra nessa área. As vagas são para desenvolvedores de programas, analistas de redes e de sistemas, entre outros." Rocha aposta também na área de vendas e de engenharia. Gerentes, representantes comerciais, promotores de venda, engenheiros elétricos, de produção e de mecatrônica se incluem nos que vão ter mais chance em 2006. Quem trabalha com telemarketing também leva vantagem, já que o setor se movimenta muito e sempre abre vagas, segundo o gerente.
O assessor econômico da Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio), Vamberto Santana, também acredita que o setor de vendas vai ser movimentado, principalmente pelo controle da inflação, pela Copa do Mundo e por conta das eleições. "A perspectiva é muito boa. Estes eventos aquecem a economia como um todo, quando novos produtos entram no mercado. Sabe-se que a venda de televisores aumenta muito em Copas do Mundo, por exemplo." Na opinião de Santana, se o governo mantiver a política de redução na taxa de juros, as compras a prazo tendem a aumentar, o que fortalece o comércio. "Acho que neste ano não vamos ver os escândalos políticos que abalaram o país em 2005, por isso a tendência é de investimento por parte dos empresários, o que acaba criando emprego", completa.
O coordenador de orientação profissional e aprendizagem industrial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná (Senai-PR), Marco Secco, acredita que os empregos vão aumentar principalmente nas áreas de alimentação, de confecção e vestuário e da indústria metal-mecânica, que produz peças e ferramentas. "Nós temos um projeto que está em andamento para verificar os gargalos geográficos e tecnológicos do Paraná, por isso sabemos mais ou menos quais áreas são promissoras", diz. Outro palpite forte é o da construção civil, já que o governo federal liberou muitos recursos para o financiamento de casas próprias, lembra Secco.
O economista e técnico em planejamento da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Ruy Silva, prefere não fazer previsões, mas concorda que o setor de construção civil pode crescer neste ano, principalmente se as taxas de juros baixarem. Analisando os dois anos anteriores, dá para se ter uma noção de como pode ser 2006. "Em 2004 o que cresceu foi a indústria da transformação, enquanto no ano passado o segmento de serviços foi o que mais criou empregos. Inclui-se aí o setor de comércio e administração de imóveis, o setor de alojamento e alimentação (hotéis e restaurantes), a indústria de alimentos e a têxtil", conta Silva. Pelo menos uma aposta o economista faz: a agropecuária deve fechar mais empregos neste ano, tendo em vista o péssimo desempenho registrado pelo setor em 2005.
Apostas
Saiba quais são os setores onde deve haver mais emprego em 2006:
AlimentaçãoConfecção e vestuárioIndústria metal-mecânicaConstrução civilVendasTransportesInformática