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Entre os melhores exemplos

O médico eletrônico criado pelos estudantes

Os cinco sócios da empresa HI Technologies estudam Engenharia da Computação na PUCPR e se formam no fim do ano. Quando chegar a hora da festa, eles vão comemorar mais do que o diploma. Até lá, querem celebrar o fechamento dos primeiros contratos de venda de um produto que criaram nos últimos meses, um sistema para monitoramento de pacientes a distância.

A HI Technologies está incubada no Intec, em Curitiba, há seis meses. Antes disso, os jovens empreendedores passaram outros seis meses montando o plano de negócios. "A idéia surgiu durante o curso. Nós tínhamos contato com a pós-graduação na área de saúde e notamos uma oportunidade de mercado. Chegamos à conclusão de que há espaço para produtos de monitoração remota", conta Rafael Eduardo Christ, um dos sócios da microempresa.

O primeiro projeto da empresa é um pacote, chamado de OpenVida, que permite a um médico acompanhar pacientes internados em UTIs através da internet. Um software recolhe os dados de aparelhos hospitalares e faz a transmissão para os servidores da companhia, instalados na incubadora. De lá, eles são repassados para quem cuida do doente.

A busca por um diferencial

Em Campo Mourão, uma incubadora pouco comum é mantida por uma fundação privada, tem recursos de uma empresa da região e foco na área médico-hospitalar. Um grupo de engenheiros e pesquisadores contratados pela Educere presta serviços aos negócios ali alojados. Eles ajudaram, por exemplo, no desenvolvimento do primeiro produto da Sieger – uma máquina que faz banho-maria em laboratórios de análises clínicas. "Montamos um projeto com a idéia do equipamento e trouxemos para a incubadora", conta Simone Aparecida Ramos. Ela e o sócio não têm conhecimento técnico de Medicina ou Engenharia, mas estudando o mercado decidem quais produtos têm potencial de vendas e que diferenciais podem ser criados pelos engenheiros. A idéia passa por mesas de desenho e pelos testes em protótipos. A meta é sempre fazer objetos com funções que ainda não existem. A máquina de banho-maria, por exemplo, tem um desembaçador que impede o gotejamento sobre as amostras em análise. Com dois anos e meio de vida, a Sieger já fatura R$ 30 mil por mês. Os equipamentos que existem no país são importados, não chegam por menos de R$ 150 mil.

Incubados vão à feira

Algumas das empresas mostradas nesta reportagem estarão na Feira de Inovação Tecnológica de Incubadoras (FITI), que ocorre nos dias 27 e 28 de julho, em Curitiba. O evento é promovido pela Intec, do Tecpar, pelo Centro de Inovação Empresarial do Isae/FGV e pela Rede de Incubadoras e Parques Tecnológicos (Reparte). O objetivo da FITI é mostrar os produtos criados nas incubadoras e, quem sabe, fechar contratos. Além da exposição, haverá rodadas de negócios com empresas paranaenses e argentinas e um seminário sobre a inovação no Brasil. A feira será no Cietep e estará aberta das 14 às 22 horas. A entrada é franca.

Viver de luz

A Flexitec foi aberta em Curitiba após dois anos de pré-incubação na UFPR. No ano passado, foi "graduada" para a etapa de incubação. O produto que pretende colocar no mercado, uma espécie de filme para a produção de eletricidade, ainda está sendo desenvolvido em parceria. No momento, a Flexitec faz as primeiras vendas de vidros que conduzem energia, uma forma encontrada para ajudar a custear os estudos. Os dois sócios da Flexitec já investiram R$ 100 mil na montagem da estrutura. Além disso, o negócio recebeu apoio do CNPq, que direcionou R$ 105 mil para o pagamento da equipe de quatro pesquisadores contratados pela companhia, e do Sebrae, que deu consultoria nas áreas de administração e marketing. (GO)

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