Em outubro de 2007, a taiwanesa Asus abalou a mundo da tecnologia ao lançar o primeiro netbook, um minilaptop cuja proposta era fazer menos e custar menos. O EeePC original era nanico, com uma tela apertada, um teclado desconfortável, não tinha drive de DVD e a capacidade de armazenamento era limitada a 2 GB de memória flash. Em suma, não servia para fazer quase nada fora da web. Fosse lançado cinco anos antes e ninguém apostaria nele um HD furado.
Mas naquele momento o mundo estava maduro para um lançamento como esse. A moda da web 2.0 deu um gás para o aparelho afinal, se você pode armazenar suas fotos no Flickr, seus arquivos no GoogleDocs e seus e-mails num webmail, quem precisa de HD?
Assim, o EeePC se tornou um fenômeno instantâneo ao vender mais de 1 milhão de unidades no primeiro ano. Não tardou para que praticamente todos os fabricantes abraçassem a novidade. De repente, existia uma máquina que indicava que boa parte dos consumidores talvez não quisesse mais, mas, sim, menos. "Os netbooks permitiram ao público perceber cuidadosamente o que de fato cada um precisa em um computador", ponderou Andrew Laing, analista da consultoria Innosight.
Mas nem tudo saiu como o previsto. Boa parte dos compradores dos primeiros netbooks acabou se decepcionando. Havia uma falha de comunicação entre fabricantes e parte dos consumidores, que esperava encontrar nesse equipamento apenas um notebook menor e mais leve. Quer dizer, algumas pessoas até queriam menos, mas não tão menos assim.
Some-se a isso o descontentamento de muitos fabricantes com as pequenas margens de lucro dos pequeninos. Foi o que bastou para que, a partir do segundo semestre do ano passado, modelos maiores e mais sofisticados começassem a surgir. A pioneira Asus acaba de apresentar lá fora um modelo, o EeePC 1004DN (sem data de lançamento no Brasil), com drive óptico, que grava CDs e DVDs. Mas o futuro dos netbooks se divide entre modelos mais "recheados" e o conceito inicial.
Foi já nesse ambiente que os netbooks desembarcaram para valer no Brasil. A princípio chegavam ao país trazidos por early adopters que viajaram ao exterior. O primeiro modelo nacional foi o Mobo, da Positivo. A Asus passou a fabricar no país seus EeePCs aqui em Curitiba, aliás, numa parceria com a empresa de componentes Visum.
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