Notas
A ditatura nos games
Esta coluna abordou rapidamente o problema do trabalho escravo nas "fazendas de ouro" há duas semanas. O assunto voltou à tona na semana passada nas páginas do The New York Times. Segundo o jornal, o ditador norte-coreano Kim Jong-il estaria financiando um grupo de hackers para burlar os sistemas de recompensa dos RPGs On-line, que têm uma rede econômica bem estabelecida. A reportagem afirma que a ditadura teria amealhado R$ 10 milhões em dois anos utilizando robôs ilegais dentro dos jogos. Cinco pessoas teriam sido presas em Seul, capital da Coreia do Sul, acusadas de envolvimento no esquema. Ainda de acordo com o jornal, os comunistas estavam utilizando o dinheiro para financiar planos nucleares.
Social
Um dos jogos mais marcantes da década passada nos computadores receberá uma versão casual. Na última semana, a Eletronic Arts anunciou o desenvolvimento de "The Sims Social", primeiro da série a dar as caras como aplicativo do Facebook. O conceito deve se manter o mesmo. O usuário da rede deve criar e guiar um avatar pelas vicissitudes da vida, como escovar os dentes, tomar banho ou conversar com os amigos. O lado social permitirá aos amigos adentrarem no universo para interagir.
Clássicos ressuscitados
Clássicos da Ubisoft voltaram a ser vendidos por R$ 29,90 no Brasil. A linha "Exclusive" trará títulos como Splinter Cell, Dawn of Discovery e Rainbow Six Vegas. A empresa afirma que pretende atingir um público que não tinha computador ou idade para jogar na época dos lançamentos destes jogos.
Demorou, mas chegou. Na próxima semana, os brasileiros vão poder colocar as mãos, de forma oficial, na nova aposta da indústria dos videogames. O Xperia Play, desenvolvido pela Sony Ericsson, tem a difícil missão de ser um elo entre os jogos tradicionais e a febre dos títulos casuais portáteis, como Angry Birds. Um movimento arriscado.
O mercado dos portáteis, é bom ressaltar, passa por um a crise após anos de euforia. O Nintendo DS, lançado em 2004, conseguiu a façanha de se tornar o videogame mais vendido da história, ultrapassado a marca de 150 milhões de unidades vendidas. O concorrente direto também fez bonito. Desde 2005, o PSP teve 60 milhões em vendas. Mas o mundo mudou desde então. Com vendas em queda livre, o 3DS, recém-lançado, ainda não consegui entrar na lista de desejos dos gamers. A Nintendo reagiu derrubando em um terço o valor do produto.
O motivo parece ser a popularização dos telefones inteligentes, principalmente do iPhone, com sua loja de aplicativos baratos. Ao unir utilidade com entretenimento, os sistemas iOS e Android acabaram facilitando a vida de quem só queria matar o tempo com jogos menores e de curta duração. Além disso, o faturamento dos jogos em plataformas não convencionais, como celulares, tablets e redes sociais, vem crescendo ano a ano. Sony, Nintendo e Microsoft, hoje ainda os grandes players, estão vendo o setor se estagnar enquanto empresas como a francesa Gameloft, especialista em se "inspirar" em sucessos dos consoles, e a finlandesa Rovio Mobile, criadora de Angry Birds, lucram cada vez mais.
Convencer o consumidor a carregar mais um equipamento no bolso parece ser uma tarefa árdua nos dias de hoje. Por isso, a Sony decidiu unir os dois mundos, com alguma inovação. O Xperia Play, inicialmente chamado de Playstation Phone nome que fazia todo sentido , traz como principal diferencial um joystick físico especificamente pensado para melhorar a experiência de jogar em um celular. O controle, que desliza por detrás da tela, segue a linha adotada no PSP, com direcionais digitais e analógicos e uma dezena de botões. Quem já tentou se aventurar por jogos mais acabados utilizando apenas as telas sensíveis ao toque sabe como a notícia é bem-vinda.
Dentre as funções de videogame, o celular da Sony será compatível com os títulos do PSone, do Android e desenvolvidos especialmente para a plataforma. Sete jogos variados já saem embarcados com o aparelho: FIFA 2010, Madden NFL 11, Bruce Lee: Dragon Warrior, Tetris, Star Battalion, Crash Bandicoot e Asphalt 6: Adrenaline.
Como celular não há muito o que se dizer. Virá com sistema operacional Android 2.3 e custará R$ 1899. Segundo a Sony, não haverá qualquer tipo de bloqueio, o que tornará o aparelho, que está sendo fabricado no Brasil, compatível com todas as operadoras. A Sony aposta em duas frentes para se manter no topo. Caso seu híbrido não tenha um bom desempenho nas prateleiras, ainda atacará com o PS Vita, a ser lançado no começo do ano, que é basicamente um videogame portátil, mas trará as funções de celulares, como o 3G.
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