Rio de Janeiro O limite da tecnologia também está no próprio ser humano. É o que diz Hermann Pais, da EMC. "O tamanho das nossas mãos e a resolução dos nossos olhos são limitadores. Vamos pensar, por exemplo, no Second Life e em sua filosofia de Matrix, de viver num mundo virtual. Você poderia plugar um cabo na cabeça de uma pessoa e ela passar a viver o tempo todo em meio virtual. Mesmo porque o mundo real é muito ruim, tem chuva, você pode ficar gripado, etc", diz o especialista. "Já para os gadgets como o celular a tela é o limite."
Se acredita na morte do desktop? "Acredito no fim da cara que ele tem hoje, que é descendente direta da máquina de escrever que conhecemos há 150 anos. Mas no fim das contas o limite não está na tecnologia e sim no ser humano, que tem preconceitos e manias. Um exemplo? Usar o celular como meio de pagamento não "pegou" porque o ser humano não quis. É preciso toda uma geração perder o preconceito para uma tecnologia nova vingar. A nossa geração é a do BlackBerry e a do PDA. A anterior a nós não se adaptou nem à agenda eletrônica."
Pensando ainda nos limites humanos, as teclas dos celulares são a prova de que, em algum momento, a miniaturização tem que parar.