Não adianta dizer que o mundo se transformou, que as aparências não importam mais como antes e que somente o conteúdo de um profissional deve ser considerado. Apesar de isso ser verdade (em partes), as pessoas ainda reparam muito, mesmo que inconscientemente, na maneira de se portar e vestir que cada profissional adota.

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Claro que a aparência não é o mais importante, mas conta pontos, sem dúvidas. O visual e o gestual estão ligados ao marketing pessoal "não direto". Ou seja, são ligados à imagem que a pessoa transmite dela mesma e às percepções que os outros formam sobre a ela. Portanto, não devem ser deixados de lado, pois ajudam a compor a imagem do profissional e seus consequentes "rótulos".

Imagine que você está comprando um produto no supermercado. Na hora de escolher, há dois produtos da mesma marca, porém um está com a embalagem riscada e amassada, e o outro intacto. É certo que você não escolherá o primeiro. Em proporções diferentes, o mesmo acontece com os profissionais. Aquele que souber adequar-se de acordo com as diferentes situações que o trabalho demanda, será visto de maneira diferenciada. É fácil rotular ou comparar um profissional como "desleixado", por exemplo, se ele se porta e se veste dessa maneira.

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Isso, na verdade, não é uma questão de preconceito, como muitos acham, mas sim de profissionalismo. Comparecer a uma reunião formal (como de negócios, por exemplo) com roupas informais chega a ser desrespeitoso e pode transmitir uma imagem negativa não só do profissional, como também da empresa em que ele trabalha.

Atualmente, pode-se dizer que os "níveis de tolerância" de muitas empresas e gestores têm possibilitado que pessoas com tatuagens e piercings trabalhassem sem quaisquer restrições por conta disso. Entretanto, essa formalidade que geralmente o mundo corporativo demanda, também varia de acordo com a situação. Agências de publicidade, por exemplo, são constantes exemplos de inovação, diferença e flexibilidade. Os profissionais, de fato, tendem a vestir-se de maneira bastante informal. Contudo, mesmo na publicidade, o setor comercial e de atendimento das agências continua trajando-se de maneira mais formal, pois precisa apresentar campanhas e resultados aos diretores, gerentes e executivos das companhias clientes. Apesar de muitos profissionais das novas gerações discordarem, ainda acredito que não há melhor maneira de transmitir credibilidade que usando uma roupa e um discurso formal.

Entretanto, num escritório de advocacia, numa visita ao cliente ou em negócios, a sobriedade deve ser respeitada – tanto nas roupas, quanto no comportamento. Tudo depende, mas acho que é sempre melhor pecar pelo excesso de formalidade, que por falta da mesma. Por exemplo, se o profissional chega a uma reunião de gravata e estão todos sem gravata, basta retirar o adereço para ficar de acordo com os demais. Agora, se o contrário acontece, a pessoa não terá o que fazer. Os outros notarão a diferença e a situação será embaraçosa para o profissional.

É possível adequar a roupa de acordo com a personalidade de cada um, mas dentro de algumas regras básicas da vestimenta formal. Para os homens é mais fácil: um terno bem conservado, sapatos lustrados e uma gravata com um belo nó bastam. Já para as mulheres, como existem muitas opções, algumas tendem a errar nas roupas sociais. Eu não sou nenhum perito em moda, mas as saias ou vestidos devem ser na altura do joelho e, de preferência, usar meia-calça para não correr o risco de parecer vulgar. Nada de decotes muito acentuados e blusas com alça fina. Se ficar na dúvida se a roupa está apropriada ou não, é mais seguro trocar por outra antes de sair de casa.

Entretanto, formal ou não, todo profissional deve manter a higiene básica (cuidar bem de unhas e dentes estão inclusos aqui) e manter em ordem o corte de cabelo, barba e maquiagem diariamente. Quem cumpre esses quesitos é visto como alguém que se preocupa com si mesmo, que cuida dos detalhes e que é organizado. Isso não é frescura, mas uma aparência desleixada transmite a imagem de um profissional desleixado. E, meus amigos, branding pessoal faz toda a diferença.

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