"Li e aceito os termos"
Veja o que alguns aplicativos podem fazer com suas configurações básicas e que muitas pessoas nem imaginam:
Localizador
Configurado no modelo padrão, os contatos do Facebook podem saber a localização exata da pessoa com a qual está conversando pelo chat da rede social.
Garoto-propaganda
A antiga política de privacidade do Instragram previa que o aplicativo tinha direito de "mostrar seu nome de usuário, curtidas, fotos (e metadados associados) e/ou ações feitas por você para conexões com conteúdos ou promoções pagas ou patrocinadas, sem qualquer compensação para você". Com a polêmica de que o aplicativo usaria as fotos de seus usuários para publicidade, os desenvolvedores voltaram atrás e mudaram os termos.
Idade revelada
O aplicativo mais baixado de setembro, o Tinder, revela a idade dos seus usuários mesmo que a informação seja segredo de estado. O programa tem como objetivo que pessoas com interesses comuns se conheçam, mas para funcionar, o usuário precisa que o app acesse a idade e localização exata da pessoa.
Mais de 450 milhões de usuários já baixaram o aplicativo do Facebook para smartphones, mas provavelmente uma porção bem pequena deles leu na íntegra os termos de uso do programa antes de aceitá-los. Ao baixar um programa no celular, na maior parte das vezes, o usuário concorda que o aplicativo use informações contidas no aparelho. Se na maior parte das vezes a funcionalidade traz mais praticidade e uma melhor interação do gadget com os programas, em alguns momentos isso pode causar alguns inconvenientes.
No caso da rede social mais usada no mundo, se a pessoa não desativa o localizador do aplicativo e se conecta no programa, qualquer contato daquela pessoa no Facebook pode saber onde ela está com a precisão de um GPS. "A ferramenta pode ser útil para amigos se encontrarem, por exemplo, mas não é todo mundo que quer ser encontrado", alerta o consultor em segurança digital e membro da Aliança dos Profissionais de Análise de Segurança, Felipe Castro.
Até fevereiro, qualquer pessoa que se conectasse ao WhatsApp em uma rede wifi desprotegida corria o risco de ter suas fotos, vídeos e conversas acessados por terceiros. O aplicativo não criptografava as mensagens que os usuários trocavam e seu conteúdo ficava exposto. Outra polêmica é o acesso que o aplicativo tem à lista de contatos do usuário. Todos os números de telefone em seu dispositivo móvel são enviados para o aplicativo para facilitar a identificação de outros usuários do WhatsApp, que o mantém em sua base de dados. Mesmo constando no termo de adesão, a prática foi contestada em alguns países, como Holanda e Canadá, por violar leis locais de privacidade.
Ajuste
Ainda que a interação total entre os aplicativos e telefones seja o padrão quando um programa é instalado no celular, grande parte destas funções são ajustáveis. Isso pode ser feito nos ícones de configurações dos programas individualmente ou de todo o smartphone, nos atalhos referentes à privacidade. Para a consultora em Telecom Adriane Salmazo, o usuário tem que configurar de acordo com o seu gosto. "Os aplicativos não fazem isso para roubar informações. No entanto, as pessoas têm que estar cientes do quanto estão expostas com alguns apps", afirma.
Cuidados
O consultor em segurança digital Felipe Castro também recomenda que os usuários de smartphones tenham os mesmos cuidados que tomam ao proteger seus computadores tradicionais. "O ideal é ativar o bluetooth e o acesso à rede wifi só quando necessário e fazer a troca de documentos só em redes e com usuários conhecidos.
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