Faltam 18 dias para que seja dado o pontapé inicial da Copa do Mundo 2006, momento em que um arsenal tecnológico de proporções jamais vistas será colocado a toda prova. Tevê de alta definição para assistir aos jogos, celular para baixar gols, internet para conferir estatísticas e VoIP para se comunicar com quem estiver na Alemanha tudo isso estará à disposição dos torcedores do Mundial deste ano. Do outro lado do espectro, os organizadores e jornalistas terão à disposição 45 mil conexões permanentes à rede mundial que deverão transportar 20 terabytes (cerca de 20 milhões de megabytes) em dados durante os dias 9 de junho e 9 de julho.
A movimentação financeira que toda essa estrutura high-tech causará é incalculável. Mas pode-se ter uma idéia: A Federação Internacional do Futebol (Fifa) arrecadou US$ 1,7 bilhão apenas vendendo os direitos de transmissão do torneio. Um estudo da consultoria de negócios norte-americana Visiongain aponta que as operadoras de telefonia móvel podem faturar US$ 6 bilhões na comercialização de conteúdo referente à Copa. A coreana LG já afirmou que a principal causa de suas vendas de televisores de plasma e LCD ao redor do mundo terem dobrado em menos de 12 meses é a proximidade do campeonato em terras germânicas. Estimativas do varejo apontam para um crescimento de até 40% na venda de aparelhos de TV em 2005. "Em ano de Copa, a sazonalidade do setor que registra as maiores vendas em dezembo muda completamente. O início deste ano foi muito bom", comemora Mário Luís de Andrade, gerente de eletroeletrônicos da Lojas Americanas.