O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta segunda-feira (19) um plano para cortar US$ 4 trilhões do déficit público e disse que, para cumpri-lo, "todos contribuirão com sua justa parte", incluindo os mais ricos.
O plano de Obama prevê a arrecadação de US$ 1,5 trilhão em novos impostos. Segundo Obama, as isenções de impostos concedidas a milionários e bilionários no decorrer da última década ajudaram a ampliar o endividamento do país.
"Não deveríamos reduzir o déficit à custa dos pobres e dos trabalhadores", acrescentou o presidente, em discurso nos jardins da Casa Branca. Se não houver uma ação agora, "toda a dívida cairá sobre os ombros de nossos filhos", acrescentou o governante.
Por meio do plano apresentado nesta segunda, seriam cortados mais de US$ 3 trilhões do déficit ao longo da próxima década. Quando a proposta somar-se aos cerca de US$ 1 trilhão em corte de gastos transformados por ele em lei recentemente, fará com que o déficit do governo norte-americano diminua mais de US$ 4 trilhões nos próximos dez anos, conforme falou Obama.
É improvável que a proposta receba o apoio dos republicanos, que se declaram contrários à elevação de impostos em um momento de recuperação econômica. A maior parte da arrecadação tributária viria do fim das isenções de impostos à camada mais rica da população e a empresas de grande porte, como companhias de gás e petróleo. As informações são da Dow Jones.
Obama negou que sua intenção de aumentar os impostos dos mais ricos, por meio da introdução de um imposto mínimo para as rendas dos multimilionários, equivalha a uma "luta de classes", como afirmaram alguns dirigentes do partido republicano.
"Supercomitê" vai avaliar plano
O plano que foi apresentado nesta segunda será submetido ao "supercomitê" bipartidário, composto em partes iguais por congressistas democratas e republicanos, que têm a obrigação de chegar a um acordo sobre a redução do déficit em pelo menos US$ 1,5 trilhão até o fim de novembro.
As propostas desta segunda incluem uma economia de US$ 1,3 trilhão com o final da intervenção militar dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque e com as reformas dos subsídios agrícolas e do seguro de saúde, mas deixam intacto o sistema público previdenciário.
Na semana passada, Obama apresentou um plano de quase US$ 450 bilhões para a criação de empregos, e ressaltou nesta segunda que o Congresso "deve aprovar" essa legislação imediatamente.
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