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Obama atribui queda do PIB às "más decisões" do Congresso

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado (02) que o recente retrocesso do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2012 é uma lembrança de que "as más decisões tomadas em Washington podem entorpecer" a recuperação econômica no país.

"Começamos este ano com os economistas dizendo que estamos posicionados para crescer em 2013. E há verdadeiras indicações de progresso: os preços dos imóveis estão começando a aumentar novamente. As vendas de automóveis estão em seu nível mais alto em cinco anos", afirmou Obama em seu discurso de rádio semanal.

No entanto, o presidente americano acrescentou que nesta semana o país também recebeu "a primeira estimativa do crescimento econômico durante os últimos meses", em cujo último trimestre registrou uma contração do PIB de 0,1%.

"Isso nos lembrou que as más decisões tomadas em Washington podem entorpecer o caminho de nosso progresso econômico", afirmou Obama.

Por isso, o presidente se referiu às negociações sobre o déficit fiscal atualmente em andamento, e nas quais os legisladores devem concordar um plano de consolidação fiscal para evitar a aplicação de duros cortes em gastos públicos.

"Nas próximas semanas, encararemos decisões importantes sobre como reduzir nossa dívida de uma maneira que fomente nossa economia e crie bons empregos; essas são decisões que marcarão uma verdadeira diferença na solidez e no ritmo de nossa recuperação", explicou.

Obama admitiu que "é crítico que se sejam cortadas as despesas desnecessárias", mas ressaltou que o país "não pode cortar o caminho à prosperidade", em referência aos republicanos que se opõem a qualquer aumento de gastos públicos.

"Não funcionou no passado e também não funcionará agora. Isso pode atrasar nossa recuperação. Pode enfraquecer nossa economia. E pode nos custar empregos, tanto agora como no futuro", disse.

O Senado dos Estados Unidos, sob controle democrata, aprovou nesta semana uma medida que autoriza o governo, até o dia 19 de maio, a superar o limite de endividamento e dá mais três meses de prazo para republicanos e democratas chegarem a um acordo sobre a redução do déficit.

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