O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não quis tocar no assunto macroeconomia em sua jornada televisiva, no domingo (20), para defender a reforma do sistema de saúde, mas disse que o desemprego continuará preocupante no país até o ano que vem. Obama disse que prefere deixar os pronunciamentos sobre o assunto a cargo do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, mas considerou haver sinais nos mercados financeiros e no setor de manufatura de que a economia está voltando a crescer. Cauteloso, ele ponderou que o desemprego deverá continuar preocupante em 2010. "Provavelmente não veremos criação de empregos até o próximo ano", disse à CNN.
Obama e líderes do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo se reúnem nos dias 24 e 25, em Pittsburgh, para coordenar esforços no sentido de reavivar a economia mundial. No encontro, a Casa Branca pedirá que os líderes das economias desenvolvidas e emergentes deem fim aos desequilíbrios que contribuíram para a crise financeira. "Não podemos voltar atrás, para a época em que chineses ou alemães ou outros países vendiam de tudo para nós, que apenas sacávamos nossos cartões de crédito, mas não vendíamos nada para eles", afirmou à CNN.
O presidente dos Estados Unidos concedeu entrevistas a talk shows de cinco redes de televisão do país para defender sua proposta de reforma do sistema de saúde norte-americano e ganhar apoio público. Sua atual prioridade, a reforma do sistema está nas mãos de um Senado profundamente dividido. As entrevistas foram gravadas na sexta-feira na Casa Branca e veiculadas no domingo (20).
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião