Janet Yellen, 67, deve ser anunciada nesta quarta-feira (09/10) como presidente do Fed (o banco central dos EUA), segundo jornais americanos.
A escolha ainda terá que ser aprovada pelo Senado em um momento de tensão entre oposição e situação sobre o aumento do teto da dívida do governo dos EUA.
Yellen, que é a atual vice-presidente do Fed e foi uma das apoiadoras dos programas de estímulo econômico, significa uma transição mais tranquila na sucessão de Ben Bernanke no comando do BC americano a partir de janeiro de 2014.
Um dos nomes cogitados, Lawrence Summers (ex-secretário do Tesouro) desistiu da disputa no mês passado.
Impressão de Dólares
A importância do cargo de presidente do Fed é proporcional ao impacto global de suas decisões.
O atual presidente, Ben Bernanke, no cargo desde 2006, é o responsável pela emissão de bilhões de dólares no mercado para estimular a economia americana nos últimos anos.
A medida contribuiu para desvalorizar o dólar e estimular a economia americana, aumentando sua competitividade, mas gerou valorização de diversas moedas, como o real.
Ao sinalizar recentemente que deve suspender o estímulo monetário (o que tende a elevar a taxa de juros americana), Bernanke levou diversos investidores a tirar seus dólares de mercados emergentes e os retornar aos EUA.
Isso tem provocado movimento inverso ao visto em anos recentes, contribuindo para a desvalorização de outras moedas pelo mundo.
Yellen, se confirmada, terá entre suas tarefas a redução do programa de estímulo de US$ 85 bilhões (o processo pode começar neste ano) e o aumento da taxa de juros, hoje quase zerada.
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