O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (21) à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que deseja laços mais intensos entre os dois países, especialmente na área comercial.
Em entrevista à imprensa em Washington após o encontro, ela afirmou que a rápida reunião com Obama foi "uma manifestação muito forte e importante para o Brasil". Ela disse que o presidente demonstrou interesse em "impulso aos laços entre Brasil e EUA", "especialmente no aspecto comercial".
A ministra também convidou Barack Obama para vir ao Brasil. O presidente agradeceu o convite, mas não confirmou se retribuiria a visita feita pelo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva aos EUA, no último mês de março. Segundo Dilma, Obama se referiu de forma "muito gentil" ao presidente Lula.
Eleições 2010
Dilma Rousseff afirmou que "tem muita espuma" nas conversas sobre a corrida presidencial do ano que vem. Ela frisou também que, apesar de ter sido recebida pela segunda vez por Obama em quatro meses, sua visita aos EUA estava ligada à 4ª edição do Fórum de CEOs Brasil-EUA.
O fórum reúne dez líderes empresariais dos EUA e dez do Brasil e se reúne ao menos a cada semestre para fazer recomendações aos dois governos sobre como ampliar o comércio e os investimentos bilaterais.
O comércio bilateral alcançou US$ 63,4 bilhões em 2008. O Brasil é o 11º maior parceiro comercial dos EUA. É uma das poucas parcerias bilaterais dos EUA com superávit para os norte-americanos, ainda que pequeno.
Pré-sal
Depois do encontro, em entrevista, Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está afastando os investidores internacionais com o futuro marco regulatório do pré-sal. "Estamos definindo as regras do jogo", ressaltou.
A fala da ministra está ligada à possibilidade de a Petrobras ser a operadora de todos os blocos do pré-sal. Na avaliação de Dilma, não há a menor probabilidade de que, "com este tamanho de reservas, com a estabilidade brasileira e com a característica democrática, o Brasil não seja extremamente atrativo".
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