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Crise

Obama diz que evitar moratória é cada vez mais urgente

Obama ressaltou que existem diversas maneiras de resolver o problema da dívida, mas mostrou que não aceita uma solução de curto prazo | REUTERS/Jason Reed
Obama ressaltou que existem diversas maneiras de resolver o problema da dívida, mas mostrou que não aceita uma solução de curto prazo (Foto: REUTERS/Jason Reed)

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez um novo pronunciamento hoje sobre as negociações para a elevação do limite de endividamento do país. Ele afirmou que as conversas entre democratas e republicanos vão continuar durante o fim de semana, e que os dois partidos não estão "milhas a parte". O presidente deixou claro que o plano para reduzir o déficit e elevar o teto da dívida precisa ser bipartidário, mas lembrou que a necessidade de evitar uma moratória (default) é "cada vez mais urgente".

Obama ressaltou que existem diversas maneiras de resolver o problema da dívida, mas mostrou que não aceita uma solução de curto prazo, como a defendida pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, que exigiria um novo debate sobre o teto da dívida daqui a seis meses. Ontem, Boehner adiou a votação do seu projeto, quando percebeu que não tinha o apoio suficiente para aprová-lo. Não está claro se o projeto será votado hoje. Além disso, mesmo que a Câmara aprove a proposta republicana, os democratas, que controlam o Senado, já disseram que vão rejeitar o projeto.

O presidente americano ressaltou ainda que os EUA podem perder seu rating AAA "não porque nós não temos capacidade para pagar nossas contas - nós temos - mas porque nós não temos um sistema político AAA".

A proposta dos republicanos prevê um corte maior de gastos, enquanto os democratas defendem a elevação de impostos. Obama disse hoje que está aberto a um mecanismo de controle para conter os gastos, dependendo de como isso funcionaria. Apesar da troca de acusações de ambos os lados, o presidente disse acreditar que os ânimos vão se acalmar e o bom senso vai prevalecer, com o Congresso aprovando a elevação do teto da dívida até 2 de agosto, a partir de quando, segundo o Departamento do Tesouro, os EUA não terão mais condições de pagar suas contas.

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