O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está disposto a fazer escolhas difíceis sobre cortes de despesas quando apresentar seu orçamento no mês que vem, disse neste domingo um de seus assessores, o economista Austan Goolsbee.

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Mas Goolsbee afirmou que é importante não "fazer economia" em investimentos importantes, como a educação.

"Nós teremos de fazer, a médio prazo, uma série de escolhas difíceis, e o presidente não tem medo disso. Acho que vocês verão no orçamento que ele está disposto a isso," declarou Goolsbee em entrevista ao programa "This week," da ABC News.

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Uma disputa se vislumbra à medida que Obama se prepara para divulgar sua proposta orçamentária anual, em meados de fevereiro. Os republicanos, que conquistaram o controle da Câmara dos Deputados nas eleições de novembro, prometeram fazer os gastos federais recuarem aos níveis de 2008, com exceções para os idosos, os soldados e os veteranos das Forças Armadas.

Embora demonstre estar aberto a alguns cortes, Obama também indicou que defenderá algumas despesas prioritárias, incluindo a educação.

"Se vocês vão fazer economia em importantes investimentos de que necessitamos para crescer, vocês estão cometendo um erro," disse Goolsbee, que preside o conselho dos consultores econômicos da Casa Branca.

O orçamento dos EUA foi de 1,3 trilhão de dólares em 2010. Goolsbee disse ser importante não "misturar" num mesmo grupo o quadro de deterioração orçamentária no curto prazo --que ele afirmou ser o resultado da crise econômica-- e os desafios de longo prazo do orçamento.

"O motivo pelo qual o déficit é grande este ano é que nós estamos saindo da pior recessão desde 1929. Essa é a razão. O desafio fiscal de longo prazo que o país enfrenta é importante," afirmou.

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Goolsbee disse ver alguns sinais encorajadores no mercado de trabalho dos EUA, incluindo a recente queda nos pedidos de seguro desemprego.

A taxa de desemprego do país, de 9,8 por cento em novembro, foi um fator-chave nas derrotas sofridas pelos democratas nas eleições.