O presidente dos EUA, Barack Obama, abriu na sexta-feira seu relacionamento com o presidente chinês, Hu Jintao, prometendo cooperação durante uma conversa por telefone em que os dois abordaram questões sensíveis de comércio, a crise financeira global e a ameaça nuclear da Coreia do Norte. Os dois líderes prometeram "construir um relacionamento EUA-China mais positivo e construtivo", de acordo com a Casa Branca.
O relacionamento entre as duas potências costuma ser complicado. Os EUA dependem da ajuda da China em questões como conter o desenvolvimento de armas da Coreia do Norte, mas entra em confronto com o governo comunista por causa de direitos humanos. O déficit comercial norte-americano com a China é o maior já registrado pelos EUA com um único país e recentemente vem alcançado novos recordes de alta a cada mês. Fabricantes dos EUA acusam a China de ter desacelerado o ritmo da reforma cambial para lidar com a desaceleração econômica global que prejudica a economia.
No telefonema, Obama enfatizou a necessidade de "corrigir desequilíbrios comerciais globais", disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs. Segundo ele, o presidente dos EUA e Hu concordaram que uma cooperação de perto é vital para estimular o crescimento econômico no mundo e fazer com que o crédito circule livremente. Entre outros assuntos, Hu e Obama discutiram sobre Irã, Afeganistão e Paquistão, conter o terrorismo, proliferação nuclear e mudança climática. A Casa Branca disse que Obama agradeceu a China por seu papel de liderança na chamada negociação de seis partes, o esforço que visava livrar a Coreia do Norte do armamento nuclear. Ele envolveu EUA, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Rússia e China.
Hu disse a Obama que a China está pronta para fortalecer o diálogo e aumentar a cooperação para enfrentar desafios, como a crise financeira global, relatou a agência de notícias oficial Xinhua neste sábado. Hu acrescentou que permanece firmemente contra o protecionismo comercial. Os dois líderes concordaram em se encontrar durante uma cúpula do G-20 em abril, em Londres, segundo a Xinhua.
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