O presidente norte-americano, Barack Obama, propôs na segunda-feira gastar quase 110 bilhões de dólares no Afeganistão, indicando uma redução pequena da guerra dos Estados Unidos naquele país, apesar da exigência por um maior controle sobre os gastos domésticos.
No orçamento para o ano fiscal de 2012, Obama propôs gastos de apenas 16 bilhões de dólares no Iraque, uma queda significativa, enquanto diplomatas norte-americanos entram no lugar das tropas de combate sob um acordo de segurança entre os dois países.
Obama previu um custo total para os EUA nas guerras em ambos os países em cerca de 160 bilhões de dólares nos orçamentos propostos tanto para 2010 como para 2011.
A solicitação do orçamento 2012 de Obama para o Departamento de Estado e para a Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) ficou em 47 bilhões de dólares, 1% maior em relação aos níveis de 2010.
Os republicanos, que assumiram o controle da Câmara dos Deputados nas eleições de novembro, pediram por uma nova e dura revisão sobre os gastos não-militares no exterior em meio às exigências para que se controle o déficit federal do país.
A proposta de orçamento para o ano fiscal de 2012 concentra-se na verba para algumas das prioridades de Obama, incluindo a saúde e iniciativas para a segurança alimentar, ao mesmo tempo em que corta a assistência direta a diversos países e organizações regionais.
A proposta orçamentária de Obama prevê 107 bilhões de dólares em gastos militares no Afeganistão, de onde prometeu começar a retirar a primeira parte dos cerca de 100 mil soldados norte-americanos em combate contra os insurgentes do Taleban até o meio deste ano.
O Departamento de Estado, reforçando a sua "onda" civil destinada a estabilizar o país, gastaria outros 2,2 bilhões de dólares lá, enquanto busca aumentar os programas assistenciais e a ajuda.
Obama também propõe manter a ajuda significativa ao Paquistão a fim de armar, treinar e equipar os militares do país para combater extremistas, com cerca de 1,1 bilhão de dólares para o Fundo Paquistanês de Contra-Insurgência, praticamente o mesmo valor do ano passado.
O ápice das despesas de guerra do país nos últimos anos ocorreu no ano fiscal de 2008, o último ano de George W. Bush na Presidência, quando os gastos com operações de guerra chegaram a 185 bilhões de dólares.
No total, a guerra do Iraque ainda custou mais do que o conflito no Afeganistão iniciado depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.