Obama pediu compromisso e disse que os dois partidos não estão tão longe no que se refere a cortes de gastos| Foto: Reuters

Faltando apenas quatro dias para que os Estados Unidos atinjam seu limite de dívida, o presidente Barack Obama pediu nesta sexta-feira que republicanos e democratas, neste momento profundamente divididos sobre o assunto, parem de brigar e encontrem um modo de "sair desta bagunça."

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Obama disse que um plano de redução de déficit proposto pelo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, seria barrado no Senado, comando pelos democratas, e que estava havendo perda de tempo. Ele pediu compromisso e disse que os dois partidos não estão tão longe no que se refere a cortes de gastos.

"Há muitos modos de sair dessa bagunça, mas estamos quase ficando sem tempo", afirmou, alertando que o rating "AAA" do país corre risco. Os Estados Unidos não conseguirão captar recursos para pagar suas obrigações caso o Congresso não eleve o limite da dívida até 2 de agosto.

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Isso poderia resultar num default sem precedentes que poderia recolocar a já frágil economia numa recessão.

Temores com a saúde da economia norte-americana se multiplicaram nesta sexta-feira, após um relatório do governo mostrar um crescimento econômico no segundo trimestre mais fraco que o esperado, elevando o risco de uma recessão.

A fala de Obama ocorreu ao mesmo tempo em que líderes republicanos encontram dificuldades para acertarem um plano de dívida, alvejado por dúvidas na quinta-feira à noite, quando alguns parlamentares conservadores se recusaram a apoiar o projeto do líder de seu partido.

O fracasso por parte de Boehner em obter apoio suficiente expôs uma divisão no Partido Republicano que poderia complicar os esforços para alcançar um compromisso de elevar o teto da dívida até terça-feira, prazo final.

Líderes globais têm ficado atordoados pelos problemas em Washington, que têm colocado os Estados Unidos à beira de um default. O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, afirmou nesta sexta-feira que o país está brincando com fogo.

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A China, maior credor norte-americano, vem repetidamente exigindo que Washington proteja seus investimentos em dólar. A agência de notícia estatal chinesa informou nesta sexta-feira que os norte-americanos têm sido afetados por políticas "perigosamente irresponsáveis."

O dólar recuava ante uma cesta de moedas, despencando à mínima recorde contra o franco suíço. Investidores vêm apostando há semanas que Washington elevará o teto da dívida a tempo, mas, faltando apenas quatro dias para o prazo final, os mercados estão ficando cada vez mais nervosos.