O pacote fiscal do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para 2016 inclui uma taxa de 14% sobre aproximadamente US$ 2 trilhões de capital internacional acumulados por empresas norte-americanas em outros países e que não são alvos de impostos, segundo um oficial da Casa Branca.
Os recursos do imposto serão usados para financiar projetos de infraestrutura, como de rodovias, pontes e de trânsito. O dinheiro também seria usado para preencher um rombo previsto no fundo de estradas.
A proposta, que tenta apoio bipartidário para os gastos com reparos em infraestrutura, será revelada nesta segunda-feira (2).
"Essa taxa de transição significa que as empresas terão que pagar imposto americano neste momento nos US$ 2 trilhões que já possuem em outros países ao invés de adiar o pagamento de taxas americanas indefinidamente", disse a autoridade.
"Ao invés de uma repatriação voluntária, a qual o presidente se opõe e que causaria muitos prejuízos de receita, a taxa de transição proposta pelo presidente é um imposto único e mandatório em capitais internacionais, independente do dinheiro ser ou não repatriado", completou.
O imposto sobre os lucros estrangeiros acumulados seria fixado em 14%, valor significativamente menor do que a taxa corporativa superior atual de 35%. A medida seria parte de um plano mais amplo para reformar a administração de impostos corporativos, acabando com certas isenções de impostos e reduzindo as taxas.
No futuro, o orçamento propõe que as empresas norte-americanas paguem uma taxa de 19% em todos os seus ganhos internacionais no momento em que eles acontecem, enquanto uma taxa de crédito seria emitida para impostos estrangeiros já pagos, disse o oficial da Casa Branca.
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