Um consórcio de estúdios cinematográficos (basicamente todos menos a Disney) se aliou a empresas como a Comcast e Intel em busca de uma estratégia diferente. A iniciativa, chamada de DECE, ou Ecossistema de Conteúdo de Entretenimento Digital, em inglês, envolve a criação de padrões e formatos comuns.
"Podemos iniciar o desenvolvimento de um serviço digital melhor que o grátis, visto que oferece mais conveniência e poder de escolha aos consumidores. Iremos reduzir o custo dos serviços digitais, possibilitando que sejam desenvolvidos ainda mais serviços", declarou Mitch Singer, CTO da Sony Pictures Entertainment, que encabeça os esforços do DECE.
Singer disse que era injusto colocar o Keychest contra o DECE. "Estamos todos caminhando na mesma direção e estamos tentando dar aos consumidores mais opções e mais facilidade de uso quando se trata da aquisição de entretenimento digital", revelou.
Outras idéias estão se tornando populares no mercado também. Jeffrey L. Bewkes, chefe-executivo da Time Warner, está promovendo o TV Everywhere, um sistema que oferece aos telespectadores uma grande gama de programas de tevê online e também em aparelhos- se esses telespectadores forem assinantes de uma operadora de TV a cabo. Adicione a tudo isto a concorrência pelo entretenimento digital apoiada por nomes como Apple, Amazon,Netflix e novatos como Mspot, um provedor de mídia para celular que transmite filmes alugados para smartphones.
Como sempre, a pressão para estar na frente desta briga é considerável. "A última coisa que os estúdios querem é ver alguém de fora aparecendo com uma solução, ainda mais sabendo que este alguém ficará com grande parte das receitas", disse Creutz,um analista da Cowan. De fato, os executivos da indústria cinematográfica tremem ao lembrar como a Apple ascendeu no mercado da música e hoje dita os preços com a iTunes Store.
O momento pelo qual passa o vídeo de entretenimento, quer seja na forma de filme ou show de TV, para a Internet e telefones celulares está cada vez mais pressionando o valor das ações de empresas de mídia, acreditam os analistas. A maior preocupação é que a tendência pode se inverter, assim como aconteceu com os jornais e a música.