Mademoiselle Lilly terá duas coleções de roupas por ano
Há pouco mais de sete meses, o casal entrou em um novo projeto. A Mademoiselle Lilly, uma marca própria de vestuário, nasceu de uma percepção de Liliana: as roupas vintage e retrô femininas não duravam nas araras. O problema, segundo ela, é que, além da qualidade inferior do acabamento, a maioria das peças era de modelagem europeia, ou seja, não se encaixava perfeitamente no corpo das brasileiras.
Investimento
Em fase de finalização, a nova marca terá duas coleções de roupas e acessórios por ano, projeta Liliana. Por enquanto, o investimento na Mademoiselle Lilly foi modesto, cerca de R$ 10 mil. A estreia será com uma coleção de calçados, 14 sapatilhas e quatro rasteirinhas, produzidos por uma fábrica no interior de São Paulo. "O design e a modelagem são nossos, mas a produção será toda terceirizada", conta a idealizadora.
Há cerca de três anos, a paixão pelos artigos retrô e vintage deixou de ser apenas um hobby em comum do casal Marcelo e Liliana Ricciardi para se transformar em um negócio. Na garagem de um imóvel alugado, no bairro Bacacheri, em Curitiba, eles começaram vendendo peças repetidas que tinham em casa e outras garimpadas em viagens. A aposta deu certo. O espaço inicial de 50 m² tem hoje mais 600 m², uma nova loja foi aberta na região central da capital e a Nova Garagem se prepara para lançar uma marca própria de roupas femininas retrô e vintage a Mademoiselle Lilly.
Durante oito meses, a Nova Garagem funcionou em uma feira improvisada que abria esporadicamente aos sábados e domingos. A resposta do público que eles imaginavam restrito aos amantes de "peças com história" foi tão positiva que o casal passou a abrir todos os finais de semana e, depois, diariamente. Nessa época, em agosto de 2011, o negócio recebeu um "up". Marcelo e Liliana investiram R$ 80 mil na reforma do espaço, dinheiro de uma carta contemplada no consórcio. Ao todo, o investimento inicial somou R$ 100 mil. Hoje, Marcelo estima que o seu patrimônio seja cerca de dez vezes maior do que o valor inicial. "No nosso ramo, 80% dos produtos são antiguidades que se valorizam com o tempo. Quanto mais ele passa, maior é o valor do negócio", diz.
Estoque
Entre artigos e peças de decoração, roupas, acessórios, veículos e outras antiguidades, o casal já perdeu a conta da quantidade de produtos na loja do Bacacheri. Só a nova loja da Rua Trajano Reis, no bairro São Francisco, inaugurada há três meses, tem 5 mil itens catalogados. "Já conhecíamos o ponto e resolvemos testar. A loja nova tem funcionado como um chamariz para a sede do Bacacheri", conta Liliana, que trocou a profissão de designer de interiores pela de empresária.
Com a valorização dos espaços de convivência nas casas e apartamentos, metade dos clientes buscam artigos da linha bar e garagem. Os preços são democráticos, vantagem que, segundo Marcelo, ajuda a girar o estoque. A loja tem peça de R$ 1 a R$ 35 mil, valor de um projetor de cinema americano da década de 1950 que Marcelo garimpou no cinema Hollywood, em Cerro Azul. Para manter a diversidade, aproximadamente 50% dos ganhos são reinvestidos no negócio.
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