As obras da hidrelétrica Colíder, empreendimento da Copel no Mato Grosso, ainda estão paralisadas e sem previsão para o retorno depois de incêndios na semana passada. Cerca de cem trabalhadores serão mobilizados para iniciar reconstrução de estruturas destruídas, informou a empresa paranaense. "Antes desse incidente, a previsão de conclusão das obras da usina de Colíder era dezembro de 2014. Ainda sem data certa para a retomada da obra, nesta semana somente cem trabalhadores deverão retornar ao trabalho", informou a Copel em nota ontem.

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"Não será possível ampliar este número porque o alojamento para 1.400 pessoas e o refeitório que servia em média 8 mil refeições por dia foram totalmente destruídos", completou a estatal paranaense de energia.

A destruição nas estruturas do canteiro ocorreu na segunda-feira e na terça-feira passadas. Segundo a Copel, as obras na estrutura da hidrelétrica não foram afetadas, mas houve destruição de alojamentos, escritórios, veículos, ônibus, caminhões e academia. Houve ainda arrombamento de caixas eletrônicos do local. Cinco pessoas foram presas na semana passada, incluindo três homens com R$ 36 mil em dinheiro.

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O consórcio construtor Colíder afirmou que o tumulto foi iniciado por cerca de 30 funcionários que alegaram que teriam de trabalhar durante o Carnaval sem receber hora extra. O consórcio, responsável pelas obras civis, comentou que a alegação era inverídica.

Reunião

Na sexta-feira, diretores da Copel se reuniram com o secretário-chefe da Casa Civil do Mato Grosso, Pedro Nadaf, e pediram o apoio do governo do Mato Grosso para que os incidentes na usina Colíder, que terá 300 megawatts de potência instalada, sejam investigados e punidos. "Houve ataques similares nas usinas Jirau, Santo Antônio e Ferreira Gomes. Parece haver uma ação orquestrada.", disse o diretor de engenharia da Copel, Jorge Andriguetto, O Sindicato da categoria no Mato Grosso (Sintecomp) não pode ser contatado imediatamente para comentar o assunto.