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Petróleo

Obras na Repar mobilizam micro e pequenas empresas do Paraná

O investimento de pelo menos US$ 2,5 bilhões (R$ 5,1 bilhões) previsto para os próximos cinco anos na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, já mobiliza micro e pequenas empresas paranaenses interessadas em fornecer produtos e serviços para as empreiteiras responsáveis pelas obras. Vinte e duas empresas de pequeno porte já se inscreveram para o Programa da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás, promovido pelo Sebrae-Paraná e a Petrobrás. O treinamento, que começa no mês que vem, pretende capacitar possíveis fornecedores para que atendam a todos os requisitos e certificações exigidos pela Petrobrás e por suas contratadas de grande porte – as chamadas "fornecedoras de primeira camada".

Desde o fim do ano passado, a Petrobrás anunciou a construção ou ampliação de 13 unidades industriais na Repar, que vão gerar mais de 10 mil postos de trabalho durante as obras, que vão até junho de 2010. Nos próximos meses, a estatal deve divulgar o orçamento, o cronograma e as expectativas de geração de vagas para outras seis unidades. Até o fim de abril, o Sebrae vai concluir um diagnóstico sobre as oportunidades para toda a cadeia que pode ser beneficiada pelos investimentos da Petrobrás – não só na Repar, mas também na Unidade de Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, e nas filiais da Transpetro em Paranaguá e São Francisco do Sul (SC).

"A cadeia não envolve somente empresas ligadas ao setor de óleo e gás. Há também um leque imenso de serviços que não são diretamente relacionados", diz o diretor técnico do Sebrae, Allan Costa. Entre os nichos e atividades já mapeadas, estão terraplenagem, equipamentos, tubulação, solda, estrutura metálica, montagem, mão-de-obra temporária, hospedagem, alimentação, salões de beleza, academias, táxis, locação de veículos, coleta de lixo, vigilância, limpeza industrial, laboratórios bioquímicos e farmácias.

O consultor Pedro César Santos, gestor do projeto no Sebrae, acrescenta que, mesmo que não venham a atuar como fornecedoras da Petrobrás, as empresas que participarem do treinamento estarão aptas a fornecer a outras grandes companhias. "A intenção é aprimorar a parte de gestão, finanças, marketing e recursos humanos dessas empresas. Ao atender às exigências da Petrobrás em certificações, programas de meio ambiente, saúde e segurança, elas certamente ficarão muito mais competitivas para disputar outros clientes."

Essa é a expectativa de Carolina Sartor, supervisora da VLC Projetos e Topografia, que está entre os 150 empresários que participam, hoje à noite, na sede do Sebrae, da palestra "Como se tornar um fornecedor da Petrobrás". Segundo ela, a intenção da VLC não é apenas trabalhar com a Petrobrás, mas reestruturar a própria empresa. "O PAC [Plano de Aceleração do Crescimento] está abrindo muitas oportunidades para a construção civil. Se você entra nos padrões da Petrobrás, fica mais fácil trabalhar para qualquer empresa."

Luiz Gustavo Jacopetti, diretor da U-Tec Mecânica Industrial, de Pinhais, está interessado em ampliar a gama de clientes. Fabricante de peças e máquinas de pequeno porte, a U-Tec já fornece para os setores automotivo, de plástico e papel e recentemente investiu em ampliações e na contratação de novos funcionários.

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