A maioria das principais economias mundiais continuam a mostrar um ímpeto de crescimento estável, mas na zona do euro a Alemanha e a Itália estão perdendo força, disse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quarta-feira.
Os números da OCDE se somam a várias pesquisas recentes que indicaram fraqueza na zona do euro e são divulgados um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter cortado suas projeções de crescimento global.
A OCDE disse que seu indicador antecedente que cobre 33 países-membros ficou estável em agosto ante o mês anterior, a 100,4, acima de sua média de longo prazo de 100.
O indicador, projetado para marcar pontos de virada no ciclo econômico, sugere que a área da OCDE como um todo, e individualmente também o Canadá e os Estados Unidos, estavam tendo um "ímpeto de crescimento estável".
A estabilidade também foi prevista para o Brasil, Rússia e China.
Na zona do euro, no entanto, os sinais apontam para um enfraquecimento do crescimento, com o indicador para a Alemanha, maior economia da Europa, caindo para 99,7 ante 100,1 em julho. Dados oficiais divulgados na terça-feira mostraram que a produção industrial alemã caiu bem mais do que o esperado em agosto e registrou a maior queda desde o auge da crise financeira.
Os sinais de uma perda de ímpeto para a Itália também estão surgindo, segundo a OCDE.
Para a Grã-Bretanha, que não faz parte da zona de moeda única, a perspectiva continua a indicar crescimento estável, com o indicador recuando levemente para 100,7 ante 100,8 em julho.