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Relatório

OCDE prevê crescimento de 3,1¢ para o Brasil em 2006

O relatório de perspectivas anuais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) descarta a possibilidade de o crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que o governo federal está usando como meta, ocorrer no longo prazo. Para este ano, a OCDE prevê uma taxa de crescimento de 3,1% para o Brasil, com resultados levemente melhores em 2007 e 2008: 3,8% e 4%, respectivamente.

A OCDE é uma entidade que reúne 30 países e que acompanha o crescimento econômico mundial. Fazem parte dela os EUA e as maiores economias européias, além de algumas nações em desenvolvimento, como o México e a Turquia. Países de economia forte que não fazem oficialmente parte da OCDE (Brasil, China, Índia e Rússia) também têm a economia acompanhada pela entidade.

A previsão é um pouco inferior do que a divulgada pelo governo federal, que na última sexta-feira (24) baixou a estimativa oficial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para 3,2%. A OCDE, no entanto, é mais otimista que o mercado financeiro, que espera uma expansão de 2,94% para o PIB brasileiro em 2006, segundo levantamento feito pelo Banco Central e divulgado na segunda-feira (27).

O relatório da OCDE também aponta que o crescimento do PIB brasileiro ficará abaixo do desempenho de países em desenvolvimento como China, Índia, Rússia e Turquia. Esses países deverão crescer em 2006, respectivamente: 10,6%, 8%, 6,8% e 5,2%. À exceção da China, porém, todas essas nações têm perspectivas de redução do ritmo de crescimento nos próximos dois anos. Para saber mais sobre o crescimento chinês, clique aqui.

Na opinião dos economistas da organização, o governo deve aproveitar a conjuntura macroeconômica estável para promover reformas onde progressos não conseguiram ser registrados até agora, como na área fiscal.

Em relação às taxas de juros, a OCDE acredita que haverá espaço para um corte maior em 2007 e 2008, uma vez que a inflação dá sinais de estar controlada e mostra trajetória descendente há algum tempo. "As condições econômicas do Brasil foram benignas, mesmo durante o período pré-eleição, o que fica claro pela contínua melhora do país nos indicadores externos de vulnerabilidade econômica", explica o relatório.

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