A Oculus tornou público sua iniciativa em desenvolver produções para cinema baseadas em realidade virtual. A aposta da empresa dona do Oculus Rift se materializa no Story Studio, um estúdio interno de criação voltado para explorar as possibilidades da realidade virtual e a sétima arte.
Brendan Iribe, diretor da Oculus, disse que quem sugeriu pela primeira vez a ligação desses mundos foi o investidor Marc Andreessen - que faz parte do conselho do Facebook, empresa que comprou a Oculus no ano passado por US$ 2 bilhões.
Sem conhecimento na indústria, Saschka Unseld, que já havia trabalhado pela Pixar em Toy Story 3 e Valente, foi contratado. Hoje é diretor de criação e comanda uma equipe de 10 pessoas.
Ele é quem assina o primeiro produto da Story Studio. Chamado Lost, o projeto será uma experiência "em tempo real" em realidade virtual e funcionará para o protótipo mais recente lançado pela empresa, o Crescent Bay.
A história pode ser acompanhada ao longo de 5 minutos, mas, Unseld explica, a narrativa pode variar de acordo com o "espectador" (termo que, aliás, deve ser revisto diante do papel atuante a partir da realidade virtual) de 3 a 10 minutos.
O estúdio deve funcionar como um laboratório de linguagens de cinema para o formato que, segundo Unseld, pode variar muito. "Há coisas que podem ser mais interativas, outras menos. Há coisas mais exploratórias, há coisas mais lineares", disse, acrescentando ainda que o "VR cinema" é uma mídia e não uma única experiência.
Estreia
Lost estreia no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos, que começou no dia 22 de janeiro e vai até 1º de fevereiro. Segundo o The Verge, o festival já abriga um espaço exclusivo com "experiências" em realidade virtual, o que tem gerado um burburinho entre os profissionais do meio.
Na semana passada, a Microsoft apresentou seu óculos HoloLens voltado para realidade aumentada acompanhado de um estúdio próprio, o HoloStudio, para criação de aplicações para o dispositivo.
Ainda que como maiores exemplos, a empresa tenha sugerido o uso do óculos para games (como jogar Minecraft no meio da sala de estar) ou TV (assistir Netflix em uma tela projetada no ar, no caso) é possível que produções interativas com narrativa surjam para realidade aumentada como começam a surgir para realidade virtual.
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