O aplicativo de transportes Uber decidiu vender US$ 10 bilhões em ações em sua chegada na bolsa de valores. A empresa fará o registro público da abertura de capital nesta quinta-feira (11). Esse valor coloca a ida do Uber a mercado como uma das maiores entre as empresas de tecnologia de todos os tempos - a empresa ficaria atrás apenas da gigante chinesa Alibaba, que abriu capital em 2014. À época, ela captou US$ 25 bilhões e foi avaliada em US$ 231 bilhões.
O Uber está buscando que sua avaliação fique entre US$ 90 bilhões e US$ 100 bilhões, influenciado pelo desempenho das ações de sua rival Lyft, que foi a mercado no mês passado.
A rival do Uber captou US$ 2,3 bilhões, sendo avaliada em US$ 24 bilhões. Como costuma acontecer, no dia seguinte ao lançamento as ações da empresa fecharam abaixo do preço inicial, que era de US$ 72. Na quarta-feira (10), as ações da Lyft encerraram o pregão valendo US$ 60,12.
Bancos de investimento chegaram a avaliar o Uber em US$ 120 bilhões. Recentemente, porém, a empresa teve o valor estimado em US$ 76 bilhões no mercado privado.
O Uber fará sua rodada de apresentação a investidores durante a semana de 29 de abril, após o registro público da abertura, que deve ser feito ainda nesta semana. Na rodada, será estabelecido o preço dos papéis no lançamento. Segundo as fontes, o Uber deve chegar à bolsa de Nova York em maio. A empresa não comentou o assunto.
O Uber faz parte do grupo de empresas de tecnologia que decidiu realizar o IPO em 2019. Além do app de transportes Lyft, a lista inclui a plataforma corporativa Slack, a rede social Pinterest e o serviço de hospedagem Airbnb.
Na última segunda-feira (8), o Pinterest também alterou para baixo as expectativas para sua ida ao mercado. Em documento, a empresa afirmou que pretende oferecer ações entre US$ 15 e US$ 17. Com esse preço, a rede social seria avaliada em US$ 11,3 bilhões - abaixo de sua a última estimativa, em 2017, que foi de US$ 12 bilhões.
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