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Preço alto

Venda pública de feijão é frustrada

Terminou sem sucesso a segunda tentativa do governo federal de desovar parte dos estoques públicos de feijão para conter a alta dos preços ao consumidor. Em leilão de venda realizado ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou 7,9 mil toneladas do grão, mas não houve interesse de compra e nenhum dos 23 lotes oferecidos foi negociado. Segundo analistas, a falta de interesse ocorreu porque os preços não correspondiam à qualidade dos grãos ofertados. Os R$ 90 pedidos pela companhia pela saca de feijão de cor nota 6/7 estariam cerca de 50% acima dos valores praticados atualmente no mercado físico. Os preços elevados já haviam frustrado a primeira tentativa do governo de liquidar seus estoques. Na primeira rodada de leilões, a Conab negociou apenas 92 toneladas, ou 1,2% do total. Havia expectativa de que o preço de abertura do leilão de ontem fosse reduzido para R$ 80 a saca, para aumentar o volume de negócios. Mas a Conab argumentou que o fato de ter havido negócios na semana passada indicava que há interesse de compra a R$ 90.

Luana Gomes

O primeiro da série de 12 leilões de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou ontem 72% do total de 1 milhão de toneladas previstas. Nas duas principais regiões produtoras, Paraná e norte de Mato Grosso, toda a oferta foi arrematada. Lançada para experimentar o mercado, a operação eletrônica mostrou que o mercado quer acelerar o escoamento com urgência. Os compradores locais se sujeitaram a um prêmio de escoamento 4,7% menor que o previsto.

"Precisamos que o volume de 120 mil toneladas seja ampliado no próximo edital. O prêmio era de R$ 2,52 e fechou em R$ 2,40 por saca, o que mostra pressão muito alta do milho a ser escoado", disse Nelson Costa, superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). A organização pede que o teto de negociação do estado seja elevado de 120 mil para 500 mil toneladas. Há cerca de 5 milhões de toneladas do cereal nas mãos dos produtores e cooperativas do estado, sem contar a segunda safra, que começa a ser colhida agora.A unidade estadual da Conab solicitou que a central dos leilões eleve o teto do Paraná para 250 mil toneladas. "Os negócios se confirmaram abaixo do prêmio. Isso significa grande pressão de oferta e que os produtores de fato estão em situação muito difícil", avaliou Eugênio Stefanelo, técnico da Conab. Ele disse que a intervenção começa a surtir resultado. "Na última semana o preço ao produtor no Paraná subiu de R$ 13,8 para R$ 14,3. Não é muito, mas 50 centavos por saca não podem ser desprezados", cita.

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