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OGX acerta adiar pagamento de debêntures e afasta risco de calote

A OGX informou nesta sexta-feira (27) que a OGX Austria GmbH, detentora de 100% de debêntures em circulação emitidas pela companhia de petróleo de Eike Batista, aprovou adiamento de data de pagamento de remuneração aos debeturistas, afastando o risco iminente de inadimplência. O pagamento da remuneração foi adiado de 25 de setembro para 25 de março de 2014, segundo nota enviada ao mercado, que tem temido nos últimos dias um calote da OGX, que enfrenta dificuldades financeiras agravadas por promessas de produção que não se confirmaram.

As ações da OGX fecharam em baixa de 9,68 por cento nesta sexta-feira, cotadas a 0,28 real--menor nível histórico de fechamento, pressionando o Ibovespa. "Em decorrência da deliberação mencionada acima, restou afastada a hipótese de inadimplemento da Emissora para com a OGX Austria", afirmou a petroleira de Eike em nota, que esclareceu notícia desta semana sobre a possibilidade de inadimplência.

Segundo a empresa, os debenturistas aprovaram por unanimidade a proposta de aditamento da escritura de emissão. No início de setembro, a agência de classificação de risco Fitch cortou os ratings da dívida da OGX em moeda estrangeira e em moeda local para "C", ante "CCC", após o controlador da petroleira contestar a validade do exercício de uma opção de venda ("put") de 1 bilhão de dólares em favor da empresa.

A Fitch considerou que, sem uma injeção de capital, a OGX provavelmente irá entrar em default de sua dívida no futuro próximo.

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

Com situação crítica de caixa e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.

A petroleira --com uma dívida acima de 4 bilhões de dólares, a maioria em bônus no exterior-- espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa.

A Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de 850 milhões de dólares com a petroleira brasileira.

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