A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, divulgou comunicado ao mercado informando que "mantém permanentemente contato com vários investidores e existem diferentes possibilidades de negócios com diversas companhias, todas, porém, em estágio prematuro".
O documento, entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite de terça-feira (23), diz que as negociações, por estarem no início, não têm as "características necessárias a ensejar a sua divulgação ao mercado".
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada no domingo diz que a empresa negocia de forma avançada com a petroleira russa Lukoil, que pretende atrair como parceira, e com a malasiana Petronas, para quem deseja passar parte de um campo de petróleo para fazer caixa.
A ideia é atrair como sócia a companhia, quarta maior petroleira privada do mundo, cedendo cerca de 40% de participação no capital total da brasileira. Os executivos de Eike já iniciaram também conversas com a Petrobras para firmar parcerias em campos da estatal, nos quais assumiria o posto de operadora.
Iniciar o resgate do grupo pela OGX é estratégico para Eike, que está sendo assessorado pelo banco BTG Pactual, do empresário André Esteves. De suas seis empresas com ações negociadas na Bolsa (OGX, MPX, OSX, MMX, LLX e CCX), foi dela o maior tombo -queda de 90% no valor dos papéis em um ano.
Dívidas
Outra reportagem da Folha de S.Paulo mostra que as companhias do grupo EBX lutam contra o tempo para alongar suas dívidas de curto prazo e melhorar a imagem junto a investidores.
Os vencimentos previstos para este ano somavam R$ 6,5 bilhões em 31 de dezembro de 2012, segundo os balanços das empresas de capital aberto do grupo. O valor correspondia a 26% do endividamento total do grupo.
A cifra, porém, caiu fortemente após o grupo se empenhar nos últimos meses para alongar a dívida. Os vencimentos recuaram para R$ 1,2 bilhão, segundo fonte que acompanha o processo de renegociação das dívidas.