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Reação

Techint cobra dívidas da OSX na Justiça

A fabricante de equipamentos ítalo-argentina Techint decidiu cobrar na Justiça o atraso nos pagamentos da empresa naval OSX, de Eike Batista. A empresa entrou ontem com pedido de execução de título extrajudicial na 28ª Vara Cível do Rio de Janeiro, aumentando a pressão sobre a OSX. Nas últimas semanas, outros fornecedores já vinham fazendo o mesmo.

Em situação financeira delicada, a empresa naval deve pedir recuperação judicial amanhã, seguindo o mesmo caminho de sua principal cliente, a OGX. Procurada, a Techint confirmou o pedido, mas não quis detalhar os valores solicitados.

A companhia foi contratada pela OSX para construir as plataformas WHP-1 e WHP- 2, encomendadas pela OGX. A primeira unidade foi cancelada em julho. Mais de 2 mil pessoas foram demitidas do canteiro de obras da Techint em Pontal do Paraná, litoral do estado.

Fusão?

Uma surpreendente fusão entre a petroleira OGX e a empresa de construção naval OSX faz parte das alternativas em estudo pelo grupo responsável pela reestruturação das empresas de Eike Batista. A medida, de acordo com fontes que acompanham o processo, é tecnicamente possível, mas seria uma opção para os próximos meses, depois de vencida a primeira etapa judicial da recuperação. A OSX tem apenas um cliente, a OGX, e quatro ativos: as plataformas construídas para atender a petroleira.

A OGX, petroleira de Eike Batista que entrou em recuperação judicial na semana passada, convocou assembleia de acionistas para o próximo dia 19, com objetivo de aprovar sua mudança de nome, endereço e configuração.

Assim como em outras companhias do grupo, a expectativa é de que o X saia do nome da empresa para facilitar sua recuperação, já que a letra usada pelo empresário para multiplicar seus negócios vem sendo considerada um obstáculo para prosseguir com eventuais negociações de venda.

O encontro com acionistas ocorrerá na parte da tarde, depois de outra assembleia, convocada para a manhã do mesmo dia, para aprovar a venda da fatia de Eike na OGX Maranhão, petroleira que vem obtendo sucesso na exploração de gás natural vinculada à geração de energia na bacia do Parnaíba (MA).

Por conta da recuperação judicial, a OGX está refazendo todos os seus contratos, ao mesmo tempo que luta para colocar o campo de Tubarão Martelo em produção, única chance de voltar a gerar receita.

Também por conta da recuperação judicial, a OGX deverá agrupar todas as empresas que estão embaixo dela em uma só companhia, disse uma fonte próxima ao assunto.

A OGX ocupa quatro andares do edifício Serrador, no centro do Rio, e está procurando outro local para a mudança, que só correrá após a assembleia do dia 19.

A petroleira tem hoje cerca de 300 funcionários, mas ainda não se definiu quantos irão para a nova sede. Parte dos empregados da OGX ainda estão trabalhando na OGX Maranhão, cuja fatia de Eike foi vendida para a Cambuhy Investimentos. A empresa deve se mudar para outro prédio no centro, mas não no mesmo endereço da EBX.

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