A OGX poderá triplicar a produção de petróleo em mar até abril do próximo ano, quando o campo de Tubarão Martelo estiver em operação com volume previsto de 20 mil a 30 mil barris por dia, estimou um executivo da companhia. A ideia da petroleira de Eike Batista é ter quatro poços interligados no campo --operado em parceria com a malaia Petronas-- cerca de quatro meses após o início de produção, previsto para dezembro de 2013, afirmou nesta quarta-feira o gerente-executivo de Reservatórios e Reservas, Armando de Almeida Ferreira.
Antes de problemas operacionais em Tubarão Azul, no início deste ano, a OGX produzia pouco mais de 10 mil barris por dia no mar.
Também há perspectiva de a empresa elevar expressivamente a produção de gás natural, estratégica para o abastecimento das térmicas da irmã e sócia MPX: dos atuais 4,5 milhões para cerca de 8 milhões de metros cúbicos entre fevereiro e julho de 2014. "A OGX investiu bem nesta bacia (Parnaíba), ninguém foi lá, nós fomos", afirmou o executivo durante evento no Rio, referindo-se à campanha exploratória da OGX na região que acabou por despertar interesse em várias outras companhias na 11a Rodada de Licitações.
A produção da OGX em campos terrestres tem superado o volume em mar. A empresa enfrentou queda na produtividade no campo de Tubarão Azul (bacia de Campos), e nos últimos meses comunicou problemas operacionais na área.
A produção marítima recuou de 11,3 mil barris diários em fevereiro para 8,3 mil barris em março, e, com o agravamento de problemas operacionais, despencou excepcionalmente para 1,8 mil barris/dia em abril.
Um dos poços que enfrentou problemas voltou a operar nos últimos dias, conforme havia sido estimado pela empresa. "O poço 68 entrou na semana passada, se não me engano", afirmou.
A petroleira estimou no começo de maio que os três poços do campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, voltarão a operar normalmente ao final de junho.
A OGX constatou mudanças na estrutura do campo de Tubarão Azul, e novos estudos são necessários para definir se haverá um novo poço na área.
De acordo com a OGX, a estrutura carbonática de Tubarão Azul, tipicamente menos propícia para a produção do que uma área arenosa como Tubarão Martelo, está entre os fatores que explicam os problemas operacionais no campo.
No caso de Tubarão Martelo, cada poço poderá produzir inicialmente entre 5 mil a 10 mil barris, segundo o executivo. Serão conectados à plataforma OSX3.
O plano de desenvolvimento de Tubarão Martelo deverá ser aprovado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em breve, segundo ele. O campo de Tubarão Martelo está no pacote do acordo fechado no início de maio com a Petronas. A companhia malaia comprou por 850 milhões de dólares 40 por cento em dois blocos na bacia de Campos.
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