A posição de caixa da OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, de Eike Batista, é apontada como uma preocupação por analistas.
O banco HSBC distribuiu aos clientes um relatório em que informa que o caixa divulgado no último balanço (do primeiro trimestre de 2013), de US$ 1,1 bilhão, sustenta a operação por, no máximo, mais quatro trimestres.
Os analistas afirmam que uma das formas de aumentar o caixa é a OGX exercer a sua opção de venda ("put") contra o controlador Eike Batista, o que resultaria em uma injeção de até US$ 1 bilhão. A opção, que deve ocorrer até 30 de abril, ainda é incerta.
"Até o momento, não há definição se a "put" será exercida ou não, assim como não se sabe se haverá novos farm-outs (a venda total ou parcial dos direitos de concessão) no curto prazo", diz o documento.
Pelas regras definidas na "put", a opção está condicionada à necessidade de capital na companhia "diante da ausência de alternativas mais favoráveis". Esse cenário deve ser avaliado pela maioria dos membros independentes do Conselho de Administração.
Até a semana passada, eram cinco membros independentes, mas agora restam apenas dois. Os dois terão que concordar que é preciso fazer a "put", para que ela ocorra.Os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), Rodolpho Tourinho Neto (Minas e Energia) e Ellen Gracie (Supremo Tribunal Federal) deixaram o conselho de administração. Ficaram como membros independentes apenas Samir Zraick e Luiz do Amaral de França Pereira.
Outras
Sobre a OSX, empresa de estaleiros, o banco destaca que o acesso ao crédito está mais limitado no caso de financiamento para expansões.