A Oi deve dar início à expansão de sua rede de fibra ótica e aumentar a cobertura de dados móveis a partir de uma parceria firmada com a chinesa Huawei, maior empresa de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo. A assinatura do acordo foi feita na última terça-feira (24), na sede da Huawei em Shenzhen, China, com participação de executivos das duas empresas. A operadora espera levar fibra ótica (FTTH) gradualmente a mais de 20 milhões de residências que utilizam atualmente sua rede fixa, ampliar a rede 4G e prepará-la para a chegada do 5G no país.
A reestruturação operacional está prevista no plano de recuperação judicial da Oi, que prevê injeção de capital de R$ 4 bilhões até o final de 2019. A Oi tem dívidas de mais de R$ 65 bilhões e 55 mil credores, que incluem detentores de títulos de longo prazo (bondholders) e representantes de órgãos do governo federal, como Anatel, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES.
LEIA TAMBÉM: Como a Oi, uma empresa de 63 milhões de clientes, entrou em crise?
Segundo a operadora, a parceria com a Huawei é parte de uma série de novos contratos a serem feitos com fornecedores mundiais, com a adoção de um novo modelo de negócio do tipo just in time para maximizar os ativos existentes e associar a realização de novos investimentos resultantes das vendas e serviços em cada região. Com isso, a Oi espera evitar a construção de infraestrutura ociosa e atender a demanda dos clientes por uma banda larga mais robusta.
Mudanças
Em comunicado, a Oi afirma que a implantação da infraestrutura de fibra ótica até a casa do cliente (Fiber to the Home – FTTH) deve ampliar e acelerar a oferta de serviços Oi Fibra e Oi TV. O processo de transformação já teve início e a rede FTTH já está presente nas cidades de Duque de Caxias e Cabo Frio (RJ) e Pouso Alegre e Devinópolis (MG). “Os projetos serão intensificados com os recursos provenientes do aumento de capitação de R$ 4 bilhões, que a companhia pretende realizar em dinheiro novo, conforme previsto no plano de recuperação judicial aprovado em assembleia de credores e homologado pela Justiça”, informa.
LEIA TAMBÉM: Operadoras expandem serviço de banda larga de ultra velocidade
Com a parceria, a Oi também pretende dar início à modernização de sua rede móvel com a ampliação da capacidade dos serviços 4,5G conciliada à redução gradual das tecnologias 2G e 3G. A operadora afirma que também já se prepara para implantação do 5G, assim que estiver disponível no país. Além disso, também está nos planos a adequação da rede móvel para soluções de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).
De acordo com o último levantamento semestral realizado pelo site OpenSignal, a Oi apresenta o pior índice de disponibilidade do sinal 4G (medida de acordo com o tempo que os usuários têm conexão disponível). A operadora também aparece por último nos indicadores de velocidade de download em 3G e 4G e de upload em 4G.
Para viabilizar o aumento no volume de tráfego decorrente da ampliação da cobertura móvel e da expansão da fibra ótica, a Oi deve tornar mais robusta a sua rede ótica de transporte (OTN) e promover a modernização dos equipamentos da rede de acesso.
A empresa também aponta que, com as novas parcerias, devem ocorrer uniformizações de fornecedor por tecnologia e/ou região, trazendo maior eficiência operacional. “Essa uniformização poderá gerar ganhos de eficiência através, por exemplo, da otimização do uso de todas as frequências da rede móvel, e também contribuir para a redução de custos, já que a concentração dos equipamentos em uma única empresa torna menor a infraestrutura necessária para a operação em cada área”, diz o comunicado.
Os novos contratos preveem que os projetos sejam concluídos em até cinco anos.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast