Depois da decisão do governo de reativar a Telebrás, a Oi decidiu que vai antecipar para esse ano o fornecimento de serviço de banda larga para todas as cidades onde tem cobertura, segundo o presidente da companhia, Luiz Eduardo Falco. De acordo com o executivo, o plano da empresa é levar a banda larga para todo o Brasil, com exceção dos municípios de São Paulo onde a operadora fixa é a Telefônica.
Falco disse que o acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para expandir a cobertura de banda larga foi firmado em 2008 e a previsão inicial era ter uma cobertura total até o fim de 2011. Mas, por questões de mercado, a operadora pretende atingir o objetivo no fim desse ano. "Quando trocamos a meta tivemos como obrigação de colocar o serviço em todos os municípios (onde atuamos)," disse Falco. "Quando a gente comprou a Brasil Telecom, assumimos o compromisso de colocar banda larga em todos os municípios. O que fizemos foi antecipar um ano a nossa obrigação", adicionou o executivo.
Falco negou que a decisão de antecipar o serviço esteja relacionada à reativação da Telebrás, que tem como um dos objetivos universalizar a banda larga e a telefonia no país. "Não tem nada a ver. A Telebrás é algo que aconteceu há 3 semanas", declarou. O presidente da Oi destacou que embora o país tenha milhões de celulares ativos, cerca de 4 mil dos mais de 5.500 municípios nacionais não tem serviço de telefonia móvel. "Não ter celular em tantos municípios é inacreditável", avaliou. O executivo admitiu que a reativação da Telebrás pode provocar perdas na receita das operadoras de telefonia, que tem o governo como um dos seus principais clientes. Ele confirmou cálculos de que essa perda poderia chegar a cerca de R$ 20 bilhões.
Licitação
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) irá licitar, ainda neste ano, espaço em cinco faixas de frequência. Segundo Ronaldo Sardenberg, presidente da agência, diz que o passo é necessário para cumprir as metas impostas pelo PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Nas licitações deverá haver uma reserva de espaço para o governo federal. Dentro do PNBL, as faixas de frequência são importantes para massificar o acesso a internet em banda larga usando tecnologia sem fio.
Sardenberg admitiu, no entanto, que a agência poderá ter dificuldades para conseguir atingir o objetivo. "Vamos concluir esses processos neste ano. É necessário que nós mudemos os métodos de trabalho. O problema é complexo e temos pouco tempo para resolver", disse. Serão licitadas as faixas de 450 MHz (megahertz), 3,5 GHz (gigahertz), 2,5 GHz, banda H e sobras do sobras do SMP (Serviço Móvel Pessoal, celulares).
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