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Telecomunicações

Oi substitui presidente e ações caem

Carneiro da Cunha, novo CEO, fazia parte do Conselho da Oi | Ana Carolina Fernandes/Reuters
Carneiro da Cunha, novo CEO, fazia parte do Conselho da Oi (Foto: Ana Carolina Fernandes/Reuters)

O grupo de telecomunicações Oi anunciou ontem uma repentina mudança no comando da empresa, nomeando o então presidente do Conselho de Administração José Mauro Carneiro da Cunha como presidente-executivo.

O anúncio da saída de Francisco Valim um ano e meio após ter assumido a companhia motivou queda expressiva das ações do grupo na bolsa paulista.

Em um breve comunicado ontem, a holding Telemar Participações informou que Carneiro da Cunha substituirá Valim na presidência-executiva da Oi e de empresas controladas. José Augusto da Gama Figueira, que era suplente do chairman, assumirá a presidência do Conselho de Administração. Não ficou claro se a mudança, aprovada em reunião do Conselho nesta data, tem efeito imediato.

Formado em Engenharia Mecânica, Carneiro da Cunha ocupou cargos executivos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na iniciativa privada, além da presença como membro de diversos Conselhos de Administração, foi vice-presidente de planejamento estratégico da Braskem entre 2003 e 2005.

Saída abrupta

Valim, que antes da Oi liderou a Serasa Experian e a Net, era bem visto pelo mercado e ficou apenas um ano e meio no cargo. Ele foi o responsável pela organização do primeiro plano de negócios do grupo de telecomunicações após uma importante reorganização societária aprovada no começo de 2012.

Em abril passado, Valim apresentou o plano da Oi até 2015, com investimentos previstos de R$ 24 bilhões com a entrada na telefonia móvel de quarta geração, ampliação da rede 3G, avanço no segmento corporativo e expansão de produtos convergentes.

A estratégia era buscar rentabilidade e participação de mercado, após a empresa ter amargado uma deterioração nos resultados operacionais de 2011.

Para 2012, a meta da Oi era um Ebitda – sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação – de R$ 8,8 bilhões. De janeiro a setembro acumulou R$ 6,3 bilhões, sendo necessários R$ 2,5 bilhões de outubro a dezembro para que a meta anual fosse alcançada.

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