Oito em cada dez dívidas não pagas têm valor inferior a R$ 2.500, de acordo com levantamento divulgado pelo SPC Brasil nesta segunda-feira (20) e relativo a dezembro do ano passado.
Houve leve queda em dezembro na comparação com o mês anterior, quando o percentual de dívidas abaixo desse valor era de 81,2%, ante os 81% de dezembro.
No entanto, a faixa com dívidas superiores a R$ 7.500 passou de 8,27% em novembro para 8,39% em dezembro.
Segundo Luiza Rodrigues, economista do SPC Brasil, nos próximos meses deve haver novas quedas na participação de dívidas de valores mais baixos, influenciadas, principalmente, pela inflação e crescimento da renda do brasileiro.
Por gênero, as mulheres representavam 55,53% dos consumidores que estavam com o nome negativado em dezembro, enquanto os homens completavam os 44,47% restantes.
Os consumidores de 25 a 49 anos totalizam 62,6% dos casos de nome sujo. "São pessoas que tendem a se encaixar no perfil de chefes de família, responsáveis por gastos maiores como aluguel, mensalidades escolares, água, luz e telefone, e que, nem sempre realizam planejamento financeiro", diz Rodrigues.
Crédito
Pesquisa realizada pela empresa de informações financeiras Serasa Experian mostra que os consumidores que ganham até R$ 500 por mês lideraram o aumento da demanda por crédito em 2013.
Nessa faixa salarial, a demanda cresceu 8,4%, contra 3,7% daqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais, de acordo com o levantamento.
A quantidade de pessoas que buscou crédito cresceu 1,8% no acumulado do ano passado, em relação a 2012. Foi o segundo ano consecutivo de fraco desempenho nesse setor, já que, em 2012, a demanda recuou 3,1% na comparação com 2011.