O Brasil conseguiu colocar a guerra do câmbio na agenda oficial da Organização Mundial do Comércio (OMC). A manobra dribla a resistência ao assunto no G-20 - grupo das 20 maiores economias do mundo - e quebra um tabu de mais de 60 anos sem que temas cambiais fossem tratados por órgãos relacionados ao comércio.
A proposta do Brasil, modesta e apresentada com cautela na terça-feira na OMC, sofreu resistência de Estados Unidos, China e Europa. Mesmo assim, o projeto de começar um debate sobre as implicações das mudanças cambiais para o comércio foi aprovado e uma agenda de trabalho será montada para os próximos dois anos.
O governo brasileiro começou a campanha para levar a questão do fortalecimento do real e de outras moedas em relação ao dólar depois que as mudanças cambiais começaram a afetar diretamente a competitividade das exportações nacionais. O ministro da Fazenda Guido Mantega, classificou o fenômeno de "guerra das moedas", indicando que alguns países estariam deixando suas moedas se desvalorizarem para ganhar competitividade de forma artificial.
Mantega tinha a ideia de lançar uma ofensiva mais dura. No G-20, conseguiu apenas uma referência de que países se comprometiam a evitar "desvalorizações competitivas de suas moedas". O próximo passo era abrir contenciosos. Mas foi orientado pelo Itamaraty de que isso não seria possível. A opção foi introduzir o tema na OMC, pelo Comitê de Assuntos Financeiros. Pela proposta brasileira aprovada, estudos e seminários serão realizados nos próximos dois anos para debater até que ponto o câmbio afeta o comércio. A OMC ainda fará um estudo de qual é o impacto do câmbio nas exportações de países afetados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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