A OMC pressionou, o Itamaraty pediu, a CNI pagou. Assim foi reformada a chamada "Sala Brasil" da sede da Organização Mundial do Comércio, em Genebra. O espaço de reuniões foi reaberto ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e pelo novo xerife do comércio global, o brasileiro Roberto Azevêdo.
A conta de Ç 100 mil (cerca de R$ 300 mil) sobrou para a Confederação Nacional da Indústria, entidade que reúne sindicatos patronais do setor produtivo."A OMC disse: 'Ou vocês reformam a sala, ou ela muda de nome'. Aí a missão brasileira nos pediu uma ajuda", contou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.
Ele viajou até Genebra apenas para participar da reabertura do espaço de reuniões. A cerimônia, à moda antiga, teve tesouras entregues numa bandeja e corte de fita para os fotógrafos. A sala é a única com nome próprio no edifício da OMC, às margens do lago Léman. Todas as outras são conhecidas por letras.
A decoração renovada inclui uma mesa de madeira importada do Brasil, estofados de couro verde-bandeira e um mapa do país. Tudo idêntico ao mobiliário original oferecido pelos brasileiros em 1937, quando o prédio ainda abrigava a Organização Internacional do Trabalho.O investimento da CNI na reforma começou no ano passado. Portanto, não tem relação com a eleição de Azevêdo para chefiar a OMC, há quatro meses.
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