O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, sugeriu nesta terça-feira que o governo federal crie regras para estimular os investimentos em ampliação de capacidade das hidrelétricas existentes. Estudo produzido pelo operador mostra que isso eliminaria o uso das termelétricas para o atendimento da demanda do mercado no horário de pico. "É mais barato atender o pico com as hidrelétricas do que com as térmicas", avaliou o executivo, que participou hoje do 12º Encontro de Energia, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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Com base em levantamento elaborado pela Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Chipp afirmou que o potencial de ampliação do parque hidrelétrico brasileiro é de cerca de 5 mil megawatts (MW). O executivo afirmou que muitas usinas foram construídas com espaço físico para se adicionar novas unidades geradoras, mas o investimento não é feito porque a instalação de novas máquinas não aumenta o volume de energia para venda. "Os incentivos que poderiam ser dados às geradoras é a contratação de potência ou um encargo de capacidade", argumentou o executivo.

O Plano Anual de Operação Energética (PEN) 2011 - 2015, divulgado ontem pelo operador do sistema, mostra o impacto positivo da ampliação das hidrelétricas existentes. Nos cálculos do ONS, será necessário gerar as térmicas em alguns momentos do horizonte entre 2013 e 2015 para o atendimento da carga no horário de pico. Contudo, isso não precisaria ocorrer se os aportes em ampliação de capacidade fossem realizados pelas empresas, adicionando os 5 mil MW de potência ao parque gerador.

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