A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu nesta sexta-feira, em reunião extraordinária, reduzir a produção de petróleo em 1,5 milhão de barris por dia (bpd), o primeiro passo na tentativa de conter a tendência de queda dos preços da commodity.
O preço do petróleo bruto negociado nos Estados Unidos, referência internacional, caiu mais de 50 por cento desde que atingiu o recorde de 147,27 dólares o barril em julho. Nesta sexta-feira, o contrato seguia em queda, cotado pouco acima dos 63 dólares o barril.
"A decisão foi direta", afirmou o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, após o encontro.
"A Opep fará tudo o que for necessário para equilibrar os mercados de petróleo", acrescentou.
Antes da reunião, que durou cerca de duas horas, ministros já demonstravam a disposição de fechar o acordo para reduzir a produção, mas não havia concordância em relação ao tamanho do corte.
Os ministros tinham dito que precisavam equilibrar suas próprias necessidades comas da sofrida economia mundial.
"Qualquer corte não deve afetar o mercado (financeiro) global", afirmou o ministro do petróleo do Kuweit, Mohammed al-Olaim, acrescentando que a redução seria "sábia".
O Kuweit e outros importantes produtores do Golfo, que tem necessidades de preços relativamente baixos e estão ansiosos sobre mais problemas na demanda dos países consumidores, eram favoráveis a um corte modesto da produção, de cerca de um milhão de barris por dia, disseram delegados da entidade.
Venezuela, Irã e Líbia, que dependem mais de receitas provenientes de um petróleo mais caro, estavam no grupo que defendia um corte mais robusto. Alguns integrantes desta ala queriam uma redução de cerca de 2 milhões de barris por dia.
Os dois lados acabaram encontrando um terceiro caminho.
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